Quando a vida me arrocha, impertinente, e sitia as muralhas do meu siso, ligo o computador, me virtualizo e, na asa da Internet, sigo em frente.
Mãos no teclado, rápido e indiviso, redigito o meu ser inteligente, e, astronauta de um orbi inexistente nas cabriolas que traço, então deslizo.
Compelido a girar, não me governo.
Já não sei distinguir o Céu, do Inferno, nem adivinho as dimensões que invado.
E, ao premir os botões do devaneio, metafisicamente frio e feio, sou apenas um texto inacabado...
(Poema de Sávio Soares de Souza 12-01-2013)