NEM
POETA SOU
Tenho
sido muitas cosias em pensamentos e desejos
Mas
quando a realidade da vida me toca
Me
torno apenas um homem contemplativo e reflexivo
Que
escreve alguns de seus sentimentos
E
por conveniência própria os chama de poemas
Algumas
vezes sou alegre outras sou triste
Mas
as razões dessas alegrias ou tristezas
Nunca
ficam muito claras e definidas para mim
Acho
que a vida é assim, uma montanha russa
Com
seus altos, baixas e retas
O
negócio é se manter seguro dentro do carrinho que segue em alta velocidade
Procuro
não viver do passado como me ensinaram os meus mestres
Porém,
a verdade é que muitas vezes o passado ainda vive em mim
Meu
maior objetivo atualmente e já algum tempo
É
buscar saber quem sou realmente
E
para isso busco ser ao mesmo tempo o Observador e o Observado
E
por mais estranho e incompreensível que possa parecer esse objetivo
O
considero a razão principal da existência se um ser humano nesse planeta
Já
ouvi dizer que o planeta Terra é ao mesmo tempo uma prisão e uma espécie de sanatório
para a cura de doentes através do amor ao próximo
Quando
observo esse mundo isso faz sentido para mim
Mas
não quero e não posso ser pessimista
De
alguma forma, alguma coisa nisso tudo deve fazer algum sentido, muito além da ilusão
desse mundo
Mas
o ego e seus 5 sentidos me atrasam muito nesse caminho
Eu
sei que deveria falar do amor, apenas, pois é isso que todos gostam de ouvir e
saber
Mas
não sou esse tipo de poeta
Aliás,
nem poeta sou
Os
poetas do amor moram na casa ao lado, batam na sua porta
Eu
apenas brinco com as palavras
E
para não brincar sozinho, que é sempre muito sem graça
Eu
jogo esses meus poemas (quer dizer brinquedos) para vocês
Mas
se vocês não querem brincar agora não quebrem meus brinquedos
Pois
há muita criança pobre nesse mundo que não tem um poema pra brincar
©
Paulo Cesar de Oliveira
28-05-2013
©
Paulo Cesar de Oliveira
28-05-2013