terça-feira, 28 de maio de 2013


NEM POETA SOU

Tenho sido muitas cosias em pensamentos e desejos
Mas quando a realidade da vida me toca
Me torno apenas um homem contemplativo e reflexivo
Que escreve alguns de seus sentimentos
E por conveniência própria os chama de poemas
Algumas vezes sou alegre outras sou triste
Mas as razões dessas alegrias ou tristezas
Nunca ficam muito claras e definidas para mim

Acho que a vida é assim, uma montanha russa
Com seus altos, baixas e retas
O negócio é se manter seguro dentro do carrinho que segue em alta velocidade
Procuro não viver do passado como me ensinaram os meus mestres
Porém, a verdade é que muitas vezes o passado ainda vive em mim

Meu maior objetivo atualmente e já algum tempo
É buscar saber quem sou realmente
E para isso busco ser ao mesmo tempo o Observador e o Observado
E por mais estranho e incompreensível que possa parecer esse objetivo
O considero a razão principal da existência se um ser humano nesse planeta

Já ouvi dizer que o planeta Terra é ao mesmo tempo uma prisão e uma espécie de sanatório para a cura de doentes através do amor ao próximo
Quando observo esse mundo isso faz sentido para mim
Mas não quero e não posso ser pessimista
De alguma forma, alguma coisa nisso tudo deve fazer algum sentido, muito além da ilusão desse mundo
Mas o ego e seus 5 sentidos me atrasam muito nesse caminho

Eu sei que deveria falar do amor, apenas, pois é isso que todos gostam de ouvir e saber
Mas não sou esse tipo de poeta
Aliás, nem poeta sou
Os poetas do amor moram na casa ao lado, batam na sua porta
Eu apenas brinco com as palavras
E para não brincar sozinho, que é sempre muito sem graça
Eu jogo esses meus poemas (quer dizer brinquedos) para vocês
Mas se vocês não querem brincar agora não quebrem meus brinquedos
Pois há muita criança pobre nesse mundo que não tem um poema pra brincar

© Paulo Cesar de Oliveira
28-05-2013



© Paulo Cesar de Oliveira
28-05-2013