Não estou triste
Não estou alegre
Não sou pessimista
Não sou otimista
Estou apenas cansado
Um cansaço que não pode ser explicado
Tampouco compreendido
Coisa desmedida
Um cansaço de milhões de vida na mesma estrada
O seu mundo não me convence
O seu amor é inconsistente
E a minha dor é impertinente
Mas esse cansaço é persistente
Se escrevo você não me compreende
Se te falo você não me ouve
E no meio dessa multidão
Sou cansaço e solidão
O que vai ser dessa vez
Amizade, amor ou paixão?
Não, obrigado
Não quero mais confusão
Garçom, me traga a conta, um café e um pouco mais de ilusão
A que horas passa a última nave para Plutão?
© Paulo Cesar de Oliveria