POIS
É
Não
serei mais um poeta do amor
Pois
há muitos e todos morreram iludidos
Não
serei mais um poeta do desamor
Pois
também há muitos e todos vivem desiludidos
Não
serei o poeta da desilusão
Da
história de um amor perdido por um
mulher
Pois
isso é dor sem sentido
A
ilusão do mundo é minha matéria prima
Pois
os desiludidos do amor seguem iludidos
Numa
procissão onde seguem também os felizes, os infelizes, os alegres e os tristes
Mas
eu sigo sozinho a ilusão que me leva aonde me leva meu coração, solitário como
uma triste canção de amor
(©
Paulo Cesar de Oliveira – 26-05-2013)