sábado, 25 de maio de 2013


POIS É

Não serei mais um poeta do amor
Pois há muitos e todos morreram iludidos
Não serei mais um poeta do desamor
Pois também há muitos e todos vivem desiludidos

Não serei o poeta da desilusão
Da história de  um amor perdido por um mulher
Pois isso é dor sem sentido

A ilusão do mundo é minha matéria prima
Pois os desiludidos do amor seguem iludidos
Numa procissão onde seguem também os felizes, os infelizes, os alegres e os tristes

Mas eu sigo sozinho a ilusão que me leva aonde me leva meu coração, solitário como uma triste canção de amor

(© Paulo Cesar de Oliveira – 26-05-2013)