Antes de ir diretamente ao assunto de hoje, gostaria de agradecer os inúmeros e-mails que tenho recebido de vocês, seja como resposta aos meus, seja me repassando assuntos diversos. Vocês já me conhecem, sempre prefiro enviar coisas minhas, escritas por mim, de autoria própria.
Hoje não tem poemas. Quero falar desse calor insuportável que está fazendo no Rio de Janeiro e acredito em quase todo o país.
A semana passada eu estava conversando com meu vizinho Roberto, uma pessoa um pouco mais nova do que eu, e falávamos sobre isso. Ele me lembrou que há uns anos atrás, nesses meses de verão no Rio de Janeiro, sempre havia aquela chuva forte à tardinha, mais ou menos às 18 hs, que refrescava e lavava nossa alma. Isso acabou também.
Trago ainda na lembrança as chuvas de verão que presenciei nas barcas da travessia entre o Rio e Niterói. Naquela época eu trabalhava na sede da CVRD no centro do Rio e morava em Niterói. No meio do mar da Baía da Guanabara eu assistia o céu escurecer e a chuva cair, lavando o céu e a terra. Era romântico aquilo.
Mas o que eu quero dizer é o seguinte, esse planeta Terra me parece cada vez menos apropriado para a vida desse seres ditos humanos que habitam a sua superfície, não só devido as mudanças climáticas cada vez mais radicais e extremadas como em termos de convivência entre seus próprios habitantes. Há conflitos por todos os lados, sociais, raciais, minorias, excluídos, etc
Uns poucos seres humanos preferem se isolar, se esconder e fazer do silêncio e da reclusão sua maneira de reagir a isso, as mudanças, climáticas e outras, principalmente.
A maioria, ao contrário, tem uma necessidade de aparecer, de ficar visível de alguma forma, nos shoppings, nas ruas, em qualquer lugar.
Agora tem o tal do "rolezinho". Tive que consultar o mestre Google para saber o que é isso.
Eu sou da época que "rolezinho" era outra coisa.
Minha época tem passado tão rápido.
pco/
