Eu sou mais um entre os milhares, ou será milhões,
de poetas anônimos desse vasto mundo
Leitor e admirador do poeta português Fernando
Pessoa
Leitor também de Quintana, Lispector, Drummond,
Meirelles, Neruda, etc
Descobri a palavra
escrita como forma máxima de expressão
A poesia, conhecida como a sétima arte, falou ao
meu coração
Falou mansa, profundo, com ou sem razão
Falou de um novo mundo, de um novo sonho, de uma
nova ilusão
Nem tudo é poesia, eu sei
Mas o que não é eu transformo e transmuto
Não fico mais mudo
Na poesia eu reclamo, grito, desabafo e agradeço
E posso ter a mulher desejada sem contrapartida
nenhuma
A poesia é minha companhia e minha meditação
E os poemas que escrevo também são minha
autobiografia
A poesia também é a autobiografia de um poeta
Ali tem a história de sua vida em códigos de
palavras
E o que eu observei é que poucos sabem decifrar um
poema
Não se pode usar a lógica, a razão e a coerência
Pois a raíz da poesia é o absurdo
E a essência a metáfora
Mas, apesar de ser uma autobiografia
Não se pode confundir o “eu pessoal” do poeta
com seu “eu poético”
É preciso ser poeta (mesmo que não escreva poemas)
para compreender um poeta
Um poeta é um artista
E um artista é alguém que possui uma sensibilidade
um pouco acima do normal
Um poeta é também um místico
Mas, isso é outra história
Que conto depois
Uma vez fui convidado para publicar meus poemas
Então, um amigo meu me lembrou
Que poesia não vende, não é comercial
É claro, ele tinha razão
O que vende é livros de auto-ajuda
(Na verdade eu não sou poeta, só escrevo porque
não tenho respostas)
© 21-01-2014 - Paulo Cesar de Oliveira