Mesmo você vivendo na cidade, observe:
A natureza para no inverno
Por isso fiz esse poema:
QUATRO ESTAÇÕES
A natureza para no inverno
Por isso fiz esse poema:
QUATRO ESTAÇÕES
ESTOU NA ENTRESSAFRA
RECOLHIDO NO INVERNO DAS MINHAS PALAVRAS
ESPERANDO, TALVEZ, A PRIMAVERA DOS MEUS MELHORES DIAS
HÁ TEMPOS QUE NÃO TENHO VONTADE DE ESCREVER NADA
NÃO, ISSO AQUI NÃO CONTA
NÃO É NADA
ELAS CRESCEM MUITO DEVAGAR
PARECEM MEUS SONHOS
TENHO ÂNSIA DE SEUS FRUTOS
TENHO OUVIDO E OBSERVADO MAIS
DO QUE ESCRITO E FALADO
NÃO, ISSO AQUI NÃO CONTA
É APENAS DESABAFO
VOCÊ JÁ TEVE A IMPRESSÃO,
QUE TODAS AS MÚSICAS JÁ FORAM CANTADAS
QUE TODOS POEMAS JÁ FORAM DECLAMADOS
QUE TODOS OS AMORES JÁ FORAM AMADOS
E QUE O VINHO ACABOU
NÃO, ACHO QUE VOCÊ NUNCA TEVE ESSA IMPRESSÃO
É BOM QUE NÃO TENHA MESMO
DEIXA ISSO PARA OS LOUCOS E POETAS
E SE UM DIA AS TUAS LÁGRIMAS SECAREM
E VOCÊ QUISER CHORAR E NÃO PUDER
EU OUÇO VOCÊ FALAR EM AMOR E FELICIDADE
EM ALEGRIA E ESPERANÇA
MAS EU APENAS OUÇO E TE OBSERVO
EU QUERIA TE DIZER ALGUMA COISA NESSE MOMENTO
MAS...NÃO, AGORA NÃO
QUEM SABE QUANDO CHEGAR O VERÃO
OU NO OUTONO
QUEM SABE UM DIA,
EM ALGUMA ESTAÇÃO DO ANO
(Paulo Cesar de Oliveira - 05.08.2012)
Mas quando entra setembro, silenciosamente as primeiras folhas e flores aparecem. Pássaros, insetos e mamíferos saem de seus esconderijos.
No inverno também as águias mais velhas procuram o cume da montanha mais alta, para poder se desfazer de suas penas, de suas garras e até de seu bico. O cume da montanha a mantém livre dos predadores, justamente no tempo onde ela não tem nenhuma defesa, e sem o seu bico ela vai viver das reservas de energia que acumulou no verão.
Na natureza, o inverno é tempo de renovar a seiva, de firmar as raízes, que não se vêem, porque estão escondidas na profundidade da terra. O que ela tem de mais precioso se sujeita a estar enterrado. Inverno é tempo de espera, de podar os excessos, de matar as pragas, de alimentar-se com o que esta dentro.
Tempo em que as árvores e plantas revelam o belo do feio, a coragem de perder para poder florir e dar frutos depois no seu devido tempo. A natureza exercita a paciência, tempo em que o que cresce é aquilo que não se vê: as raízes.
No inverno também as águias mais velhas procuram o cume da montanha mais alta, para poder se desfazer de suas penas, de suas garras e até de seu bico. O cume da montanha a mantém livre dos predadores, justamente no tempo onde ela não tem nenhuma defesa, e sem o seu bico ela vai viver das reservas de energia que acumulou no verão.
Na natureza, o inverno é tempo de renovar a seiva, de firmar as raízes, que não se vêem, porque estão escondidas na profundidade da terra. O que ela tem de mais precioso se sujeita a estar enterrado. Inverno é tempo de espera, de podar os excessos, de matar as pragas, de alimentar-se com o que esta dentro.
Tempo em que as árvores e plantas revelam o belo do feio, a coragem de perder para poder florir e dar frutos depois no seu devido tempo. A natureza exercita a paciência, tempo em que o que cresce é aquilo que não se vê: as raízes.