domingo, 26 de agosto de 2012



E agora, o que fazer?
E agora, o que falar?

Fique quieto no seu canto, não ame
Esse tal de amor é como pedra
Atravessa a janela do seu ânimo
e lhe deixa aos cacos

Fique quieto no seu canto, não chore
As lágrimas lhe vulneram e ferem-te
Gotas de desgosto e desilusão,
escorrem e rasgam a pele

Fique quieto no seu canto, não sorria
Pois sabes que o teu sorriso é mentiroso
Capa fosca que esconde todos
os incalculáveis sofrimentos

Fique quieto no seu canto, não corra
A fuga só serve para os tolos e fracos
Seus pés podem ser os mais rápidos,
mas perdem para o pensamento.

O que resta fazer? Apenas reme
Reme na direção da sua ilha,
aquela em que só você habita
aquela que ninguém te afete

E se alguém perguntar sobre o amor,
finja que ele é um desconhecido
Diga que não o viu e nem provou,
somente que o sentiu e fim