PENSAMENTOS CONECTADOS
COM A MINHA REALIDADE
Prestes em
completar 60 anos de idade, penso ter chegado finalmente ao ponto quase ideal,
considerando-se que, da mesma maneira que não acredito na perfeição, também não
acredito no ideal total.
Não sei se meu
coração acompanha a velocidade alucinante da minha mente. Provavelmente não.Mas vamos em frente.
Sou hoje uma
pessoa extremamente cética,a ponto de não acreditar nem nos deuses e muito
menos no diabo.Só acredito em mim, por ser deus e diabo na mesma pessoa.
Eu entendo a
inocente alegria das pessoas comuns, no entanto, amo a honestidade e a angústia
de ser incomum, e odeio de morte a hipocrisia dos seres humanos.
Sento em frente a
tela desse computador e deixo minha mente solta e livre para escrever o que ela
quiser sem a mínima preocupação com a opinião das pessoas.Deixo simplesmente as palavras me abraçarem
naturalmente e elas ficam felizes por se livrarem das amarras do silêncio egoísta, medroso e soberbo.
E sobre o que
falar?
Do nada, que permeia o Tudo. Todas as palavras já foram ditas e
repetidas várias vezes. Escrevo apenas para não ficar tão sozinho, pois aquele
meu ceticismo que citei acima também contaminou essa coisa toda de amor e me
deixou só, comigo mesmo. Ou talvez, escrever para se livrar de alguma coisa. O
amor era uma companhia. Somente uma companhia. Nunca existiu de verdade.
É estranho para eu
ficar pensando na vida enquanto essas pessoas comuns somente vivem sem pensar
em nada. E dizem que são felizes assim.Eu não acredito. Mas também não as desminto.
Mas agora eu
preciso ter paciência e prudência para não me perder dentro de mim, já que lá
fora eu já estou perdido.
A vida é chata e
uma tremenda ilusão, mas é o único lugar que conheço onde posso tomar um bom vinho,
ouvir uma boa música e comer um bife com batatas fritas.
Na época que eu
conversava com Deus, eu quase o matava de rir quando contava dos meus planos
para o futuro. Hoje já não faço mais Ele rir. O futuro chegou.
16-02-2014
Paulo Cesar de
Oliveira