domingo, 16 de fevereiro de 2014



PENSAMENTOS CONECTADOS COM A MINHA REALIDADE

Prestes em completar 60 anos de idade, penso ter chegado finalmente ao ponto quase ideal, considerando-se que, da mesma maneira que não acredito na perfeição, também não acredito no ideal total.

Não sei se meu coração acompanha a velocidade alucinante da minha mente. Provavelmente não.Mas vamos em frente.

Sou hoje uma pessoa extremamente cética,a ponto de não acreditar nem nos deuses e muito menos no diabo.Só acredito em mim, por ser deus e diabo na mesma pessoa.

Eu entendo a inocente alegria das pessoas comuns, no entanto, amo a honestidade e a angústia de ser incomum, e odeio de morte a hipocrisia dos seres humanos.

Sento em frente a tela desse computador e deixo minha mente solta e livre para escrever o que ela quiser sem a mínima preocupação com a opinião das pessoas.Deixo simplesmente as palavras me abraçarem naturalmente e elas ficam felizes por se livrarem das amarras do silêncio egoísta, medroso  e soberbo.

E sobre o que falar? 

Do nada, que permeia o Tudo. Todas as palavras já foram ditas e repetidas várias vezes. Escrevo apenas para não ficar tão sozinho, pois aquele meu ceticismo que citei acima também contaminou essa coisa toda de amor e me deixou só, comigo mesmo. Ou talvez, escrever para se livrar de alguma coisa. O amor era uma companhia. Somente uma companhia. Nunca existiu de verdade.

É estranho para eu ficar pensando na vida enquanto essas pessoas comuns somente vivem sem pensar em nada. E dizem que são felizes assim.Eu não acredito. Mas também não as desminto. 

Mas agora eu preciso ter paciência e prudência para não me perder dentro de mim, já que lá fora eu já estou perdido.

A vida é chata e uma tremenda ilusão, mas é o único lugar que conheço onde posso tomar um bom vinho, ouvir uma boa música e comer um bife com batatas fritas.

Na época que eu conversava com Deus, eu quase o matava de rir quando contava dos meus planos para o futuro. Hoje já não faço mais Ele rir. O futuro chegou.

16-02-2014
Paulo Cesar de Oliveira