sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A MENSAGEM ESPIRITUAL SUBJACENTE DE MATRIX


O tema principal desse texto é justamente uma coisa de que falo muito, a ilusão desse mundo. Cito a palavra ilusão muitas vezes nos meus poemas e escritos.

Mas antes de entrar no texto propriamente gostaria de mencionar que nos dias de hoje, a física quântica pode efetivamente provar que  a cadeira na você está sentado, ou a cama na qual você está deitado, enquanto lê este blog, não é “real”. Todos os objetos físicos são amálgamas muito instáveis de átomos que na verdade desafiam as restrições do espaço. Nossa consciência determina que eles sejam sólidos. A ciência já provou para si mesma que as expectativas do observador efetivamente influenciam o resultado “objetivo” da experiência.

Agora vamos falar de Matrix.

Não é a primeira vez que falo do filme Matrix aqui no meu blog. Esse filme foi um marco na indústria do cinema mundial, dominada pelos EUA.

Matrix é um filme metafísico de ação e suspense brilhantemente concebido e elaborado. Superficialmente, é um mais um filme de ação de ritmo acelerado e repleto de efeitos visuais. Mas debaixo da superfície, está presente uma mensagem metafísica de tirar o folego, quase sem precedentes nas grandes produções de orçamentos milionários de Hollywood.

Esse filme pede nada menos que o expectador aceite o conceito que a vida que estão vivendo não é real. A essência de Matrix é que estamos vivendo uma ilusão, que toda a estrutura da nossa vida cotidiana é uma ilusão elaboradamente construída.

Para mim isso não é nenhuma surpresa, ou seja, o fato que vivemos uma ilusão. Quem acompanha meus poemas aqui e alguns textos sabe que a palavra ilusão é empregada por mim diversas vezes. Perdi a conta de quantas vezes já disse que esse mundo é uma ilusão. Pois é, Matrix também diz isso, só que eu venho dizendo antes do aparecimento do filme, simplesmente porque sou um estudante do UCEM desde 2001 e desde essa época me convenci que o mundo que vivemos é uma ilusão.

Mas a descoberta da mensagem espiritual subjacente foi deixada para a plateia, e isso é ótimo. O filme foi produzido, e o recado está lá: a realidade é subjetiva, não objetiva.

Neo, o personagem principal, interpretado por Keanu Reeves, é um homem que busca algo que não consegue identificar (esse cara está parecendo comigo). Não sabe por que anseia tanto por encontrar Morpheus, interpretado  por Laurence Fishburne, mas está obcecado pela busca.

Quando Morpheus, efetivamente entra em contato com Neo, e os dois se encontram, descobrimos que Matrix “está à nossa volta, que ela é a venda que foi colocada sobre nossos olhos para nos deixar cegos diante da verdade. Estamos vivendo aprisionados em nossa própria mente. A Matrix não pode ser descrita por outras pessoas. Precisamos vê-la por nós mesmos”.

Cara! Desculpe-me, leitores e leitoras, me empolguei, isso é a nossa própria vida, e a vida dos seres humanos nesse planeta e que muitíssimos poucos percebem. Isso é o Brasil. Isso é o mundo, é esse planeta. Nós somos a Matrix! Nós estamos dentro da Matrix. A Matrix é aqui. Ainda não perceberam isso não? As vendas nos olhos estão aí, bilhões de vendas, de todos os tipos, tamanhos, cores, formatos...E o pior, só você pode perceber isso. E a multidão, o povão não percebe, só os loucos e os poetas, sabem, conhecem a ilusão do mundo, e agora os cientistas e os metafísicos estão, finalmente, confirmando os poetas e os loucos.

Continuando a contar mais um pouco da essência do filme. Neo, acredita que está vivendo em 1999, mas na verdade ele se encontra pelos menos uns 200 anos adiante. Nesse ínterim, a humanidade desenvolveu uma forma avançada de inteligência artificial que posteriormente gerou uma raça de máquinas cuja existência, segundo pensávamos, dependia da energia solar. Essas máquinas começam a dominar o mundo, e os humanos julgando possuir a resposta para eliminá-las começam a incendiar o céu, para desligar seu poder. Sem se deixar intimidar, as máquinas descobriram uma maneira de extrair energia do nosso corpo e também conseguiram desenvolver seus próprios seres humanos.

Leitores, eu consigo enxergar tanta mensagens espirituais subjacentes nessa história. Eu consigo ligar isso a tanta coisa. Bem mais vamos concluir isso.

Matrix questiona a natureza da realidade. O QUE É REAL? Essa é a mensagem crucial do filme. Nós simplesmente, não temos como saber.

Quando Neo é, por fim, conduzido à Matrix, descobre que a vida que percebia nada mais era do que um programa elaboradamente concebido (parece até o grande amor da nossa vida, né mesmo). A Matrix não é o “mundo real”. O mundo real é algo completamente diferente. Máquinas conscientes vão em busca daqueles humanos que descobrem o segredo (são poucos heim) e estão procurando a localização da única “cidade real” que resta. Ela se chama “Zion” e está situada no núcleo da Terra.

O restante do filme gira em torno da lenta compreensão de Neo do que ele é “o” destinado a salvar a humanidade. Profetizado por um oráculo, ele é a reencarnação do primeiro  homem que começou a descobrir a verdade sobre Matrix. Assim, também há um messias nesse novo mundo.

Mas o importante é a mensagem poderosa e um fascinante avanço do cinema: O FILME FAZ A AUDIÊNCIA QUESTIONAR A NATUREZA DO QUE CHAMAMOS REALIDADE.

Nós somos a “MATRIX”.

(© 30-08-2013 – Paulo Cesar de Oliveira)