
Moral da história, sempre morremos, com ou sem magnésio, ou sempre nos matamos.
Pior sou eu que nunca bebi, nunca fumei e morro calado todos os dias. Minha morte chama-se desilusão. É uma doença da alma e não do corpo. Quando olho para o mundo eu morro. Exposto aos efeitos da radiação da ignorância humana. Tento fugir, mas é tudo mundo e ilusão. Não há para onde ir. Não há como fugir do mundo.
As pessoas bebem e comem diariamente e intensamente, hipocrisias e auto engano e com isso se sentem melhor, como uma seção de quimioterapia, imagino eu. Uns entram para as igrejas (qualquer uma) outras para a Maçonaria e outros se refugiam no mato, porém, onde quer que você vá, você levará a tua alma, cansada de várias jornadas, iludida, desiludida, enganada ou apenas refugiada e jogada num canto qualquer.
Mas não adianta, sempre morremos, quando nascemos ou depois de alguns anos, mas sempre morremos. Freud tentou explicar, mas também não conseguiu e morreu.
Ah! Se eu pudesse ser como a Glaci que com sua bio energética e seu Reiki, se curou de toda infelicidade do mundo. Só não pode se curar da ilusão, essa (a ilusão) nela se potencializou.
E eu morrendo aqui com todas essas minhas demandas, tendo como consolo umas besteiras que escrevo e que chamo de poemas, um vinho tinto seco francês que acabou já faz tempo, ou quando aparece, já que é cada vez mais raro, um boa música como um bolero, que pode ser de Ravel ou quem sabe, um tango de Gardel.
Como eu disse: sempre morremos ou nos matamos. Nunca sabemos por quê, nem para onde vamos. E assim passamos por essa vida, sem saber de onde viemos, o que fizemos e para onde vamos.
Feliz era eu até o dia que perguntei a ilusão quem era ela.
(Paulo Cesar de Oliveira)