domingo, 31 de março de 2013

OS 10 MELHORES LIVROS DA HISTÓRIA

A revista Time publicou uma lista com os 10 melhores livros de toda a história, onde o autor do artigo assegura que fazer uma lista como esta é uma obscenidade já que "a literatura é o reino do inefável e do não quantificável". O polêmico Top 10 que coloca no mesmo tacho a ficção, não-ficção, a poesia, o épico, o dramático e todos os gêneros literários que existem para submergir na busca dos dez melhores livros de toda a história foi criado pelo site Top ten Books com a indicação de centenas de escritores.
Desta forma chegou a um exercício intelectual bastante subjetivo que dá margem a questionamentos se são os melhores para nós, e ainda que não o sejam, sim conseguem ser das melhores opções de clássicos da literatura mundial  para a gente ler neste 2011. A seleção ficou assim:

Anna Karenina de Leon Tolstói;

Madame Bovary de Gustave Flaubert;

Guerra e Paz de Leon Tolstói;

Lolita de Vladimir Nabokov.

As Aventuras de Huckleberry Finn de Mark Twain;

Hamlet de William  de Shakespeare;

O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald.

Em busca do Tempo Perdido de Marcel Proust;
 
Contos de Anton Tchekhov de Anton


Middlemarch de George Eliot.


Quantos desses você já leu?

FALHEI EM QUASE TUDO


Poeta Pessoa,

Prefiro acreditar que não cheguei a falhar em tudo como você

Mas fiquei perto, falhei em quase tudo

E não sei se isso faz alguma diferença

Mas eu nunca soube o que era o nada,

         quanto mais o tudo

E você?

 

Eu fui vivendo o que aparecia

Nem um Manual de Vida eu tinha

A diferença é que antes eu não pensava nisso

Hoje penso por ontem, por hoje e pelo amanhã

Quem pensa nuca poderá ser feliz

A felicidade foi feita para os que não pensam

Pensar enlouquece!

 

Fiz planos, como qualquer mortal

E Deus riu dos meus planos

Mas fui seguindo assim mesmo,

      Iludido como qualquer outro

Refiz meus planos, fiz novos planos

E Deus rolou no chão de tanta gargalhada

 

Conheci o desejo, a paixão

       e finalmente o amor

No final percebi que tudo era apenas

      sonho meu e que sonhei mais acordado

            do que dormindo

 

Agora me pergunto quem sou eu além daquilo que fiz de mim

E vejo as pessoas e esse mundo

E me dá um desejo de partir

Pensar tem sido o meu martírio

 

Eu queria dizer para as pessoas

Que o mundo e tudo é maravilhoso

Mas não consigo ser tão mentiroso

Tudo é tão fútil e inútil

Mas é como eu já disse

Não sei o que é o nada,

      Tampouco o tudo

Falhei em quase tudo!

 
(© Paulo Cesar de Oliveira  -  31.03.2013)

 

 

 

sábado, 30 de março de 2013

"Sempre serás o sonho de ti mesmo.
Vives tentando ser."

(F.Pessoa)

terça-feira, 26 de março de 2013


MAS PAULO!?...

VOCÊ SÓ FALA EM ILUSÃO

TUDO PARA VOCÊ É ILUSÃO

 

NÃO!

NEM TUDO

SÓ O QUE ESTÁ NO MUNDO

 

Ah! Entendi

 

(©pco 26-3-2013)

 

DESALOJEI-ME


Desalojei-me de tudo nesse mundo.

Exceto duas coisas:

Da ilusão,

Da ilusão de ser.

E do amor,

Do amor de não ter

Portanto, a ilusão e o amor,

        ainda caminham comigo.

Se te cobiço é por pura ilusão.

E se te amo é por pura inocência.

Mas nada disso é real

Ilusão e amor

Desilusão e Desamor

Esse mundo não vale uma gota,

      Da minha dor

 
(© Paulo Cesar de Oliveira – 26-3-2013)

segunda-feira, 25 de março de 2013

MAGNÉSIO E ILUSÃO

O Dr. Lair Ribeiro tem vários vídeos no Youtube que falam muito bem do magnésio. Parece que muitos problemas de saúde que temos é devido a insuficiência de magnésio no organismo. Você lembra do Leite de Magnésia vendido nas farmácias de antigamente? A Rose disse que o pai dela sempre tomava uma colher dessa  magnésia por dia e tinha boa saúde, morreu porque fumava muito (problemas no pulmão). 

Moral da história, sempre morremos, com ou sem magnésio, ou sempre nos matamos. 


Pior sou eu que nunca bebi, nunca fumei e morro calado todos os dias. Minha morte chama-se desilusão. É uma doença da alma e não do corpo. Quando olho para o mundo eu morro. Exposto aos efeitos da radiação da ignorância humana. Tento fugir, mas é tudo mundo e ilusão. Não há para onde ir. Não há como fugir do mundo. 

As pessoas bebem e comem diariamente e intensamente, hipocrisias e auto engano e com isso se sentem melhor, como uma seção de quimioterapia, imagino  eu. Uns entram para as igrejas (qualquer uma) outras para a Maçonaria e outros se refugiam no mato, porém, onde quer que você vá, você levará a tua alma, cansada de várias jornadas, iludida, desiludida, enganada ou apenas refugiada e jogada num canto qualquer. 

Mas não adianta, sempre  morremos, quando nascemos ou depois de alguns anos, mas sempre morremos. Freud tentou explicar, mas também não conseguiu e morreu.

Ah! Se eu pudesse ser como a Glaci que com sua bio energética e seu Reiki, se curou de toda infelicidade do mundo. Só não pode se curar da ilusão, essa (a ilusão) nela se potencializou.

E eu morrendo aqui com todas essas minhas demandas, tendo como consolo umas besteiras que escrevo e que chamo de poemas, um vinho tinto seco francês que acabou já faz tempo, ou quando aparece, já que é cada vez mais raro, um boa música como um bolero, que pode ser de Ravel ou quem sabe, um tango de Gardel.

Como eu disse: sempre morremos ou nos matamos. Nunca sabemos por quê, nem para onde vamos. E assim passamos por essa vida, sem saber de onde viemos, o que fizemos e para onde vamos. 

Feliz era eu até o dia que perguntei a ilusão quem era ela.

(Paulo Cesar de Oliveira)

domingo, 24 de março de 2013

AMOR DE CORPO E ALMA




Tenho uma fome infinita de amor
De amor de corpos e de alma
É extremamente difícil unir os dois amores
O amor de corpos é mais fácil e também mais volátil
Mas um sem o outro seria sempre temporário
A única coisa que sei do amor é isso
Que coloco aqui em palavras
São teorias e apenas poucas práticas
Me conformei em viver nessa ilusão
No entanto tenho esperanças
Que o amor não faça parte dessa trama
Enquanto isso, se puder
         te levo para minha cama
E espero pela tua alma,
         caso ela se atrase em chegar

(© Paulo Cesar de Oliveira)

Você é feliz? Jeffrey Selingo, escritor e colunista


“O conselho veio de Clint Williams, editor do 

jornal em que trabalhava. Perto do fim do 

verão, muitos colegas tentavam descobrir 

onde focar nossa pesquisa por novas ofertas 

de emprego. Muitos de nós não sabia o que 

fazer. O que nos faria felizes? Clint tinha três 

regras para a felicidade e me disse para 

fazer três perguntas: 

Você está feliz com seu trabalho?

Você está feliz onde mora? 

Você está feliz com quem você está? 

(dependendo do caso, poderia significar 

amigos, cônjuge,  companheiro etc). Se 

responder sim para  pelo menos duas 

delas, você encontrou seu  lugar no     

momento. Caso não, você precisa  mudar     

pelo menos um deles”.


sábado, 23 de março de 2013

O CASO NIÓBIO

Infelizmente, já me acostumei com os piores absurdos desse país chamado Brasil. Esse do nióbio é um dos maiores e é particularmente especial para mim, por ter trabalhado 16 anos na maior mineradora de minério de ferro do mundo, mas que não tinha negócios só em minério de ferro e acabei trabalhando a maior parte da minha permanência na CVRD no estudo de mercados e nos projetos de metais não-ferrosos. Estudando esses mercados em nível nacional e internacional.

A Cia. Vale do Rio Doce - CVRD, tinha um Usina Piloto para concentração de um minério de titânio, minério estratégico, no município de Tapira-MG, bem próximo de Araxá. E na parte mercadológica e comercial eu era o responsável, tendo viajado diversas vezes para a Usina em Tapira-MG. Nessas viagens passava na porta da CBMM - Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração, uma empresa supostamente nacional do Grupo Moreira Salles, única produtora nacional de nióbio.

Detalhe: A CBMM não permitia visitas a sua fábrica em Araxá. Tentei uma visita algumas vezes e não consegui.E a segurança na entrada das suas instalações é de fazer inveja a quase todos as áreas militares desse país.

Vide o artigo abaixo.

Paulo Cesar de Oliveira


Realidade e Ficção na Novela do Nióbio

O fato é que o Brasil negligencia o privilégio de ter quase a totalidade das jazidas de um dos minerais mais cobiçados do planeta

por Hugo Souza

31 de agosto, 2012

Trata-se do nióbio, mineral que tem sido objeto de grande controvérsia no Brasil, com alguns especialistas — e outros nem tão entendidos assim — dizendo que o país o vende “a preço de banana” e que grande parte do nióbio que sai do país é contrabandeado, tudo, segundo eles, sob as vistas grossas de um Estado subserviente aos interesses dos grandes grupos econômicos internacionais.

Muitas dessas considerações partem da afirmação, ainda que feita sem muita fundamentação, de que os números que constam nos dados oficiais sobre o nióbio que sai do Brasil são muito inferiores aos números do consumo global do minério, o que seria estranho à luz do fato de que o Brasil produz 90% do nióbio usado no mundo.

Há alguns anos, por exemplo, o jornalista Cláudio Humberto citou uma fonte identificada como “especialista na comercialização de metais não-ferrosos”, segundo o qual “100% do nióbio consumido no mundo é brasileiro, mas oficialmente exportamos só 40%”.


Do mensalão à Raposa Serra do Sol

Como alquimia, a suposta conta que não fecha transforma o nióbio em matéria-prima não apenas para combustíveis revolucionários ou supersupercondutores, mas também para informações desencontradas, suspeitas, teorias da conspiração e até para a ficção mesmo, como a novela “Máscara”, escrita por Lauro Cezar Muniz para a Rede Record, cuja trama gira em torno de uma suposta “máfia no nióbio”.

Desta forma, a chamada “questão do nióbio” já foi relacionada a temas tão diversos como o mensalão (Marcos Valério disse na CPI dos Correios que “o dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”, e que José Dirceu estava negociando com bancos uma mina de nióbio na Amazônia), a demarcação da reserva de Raposa Serra do Sol (região que atrai forte atenção de ONGs ambientalistas ligadas a grupos econômicos transnacionais e onde há grandes reservas de nióbio) e até a presença dos irmãos Moreira Salles na última lista dos bilionários do mundo publicada pela revista Forbes — fortunas que teriam sido conquistadas não apenas no ramo bancário, mas sobretudo com a venda a chineses, japoneses e coreanos (grandes consumidores de nióbio) de 15% da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), grupo que controla as operações na mina de Araxá, em Minas Gerais, de onde sai cerca de 75% de todo o nióbio usado no planeta.

O fato é que a condição de detentor de quase a totalidade das jazidas globais de um dos minérios mais valiosos do planeta ainda não resultou, inexplicavelmente, no condicionamento da exportação brasileira à transferência de tecnologia por parte das nações ricas e importadoras, para que o país consiga aumentar o valor agregado do metal, em vez de meramente fornecer o material bruto.

A conta do prejuízo

Um estudo recente da agência norte-americana US Geological Survey mostrou que a mineração brasileira, que explora 48 produtos minerais entre os 71 analisados no mundo, é líder global apenas na extração do nióbio.

Tampouco isso impele o governo brasileiro a qualquer movimento no sentido da ação mais elementar à vista da posição do país no mercado mundial de nióbio: ser ele, o Brasil, a determinar o preço internacional do produto, como por exemplo os países da Opep o fazem com o preço do petróleo, de acordo com os seus interesses estratégicos.

Em recente artigo, Adriano Benayon, ex-diplomata, professor aposentado do departamento de Economia da Universidade de Brasília e autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, apresentou a sua conta sobre o prejuízo que o país tem ao não se investir em tecnologias que agreguem valor ao mineral:

“Só com o nióbio o Brasil deixa de ganhar anualmente centenas de bilhões de dólares. Diretamente perde cerca de US$ 40 bilhões, com o descaminho e com a diferença entre o valor das ligas ferro-nióbio no exterior e seu preço oficial  de exportação, vezes a quantidade. Por ter a economia brasileira sido desnacionalizada e desindustrializada, a perda total é um múltiplo, maior que dez, dessa quantia. De fato, os  bens finais em cuja produção o nióbio entra atingem preços até 50 vezes maiores que os valores reais no exterior dos insumos à base de nióbio. Esses insumos — como os do tântalo, do titânio, do quartzo etc –  são ‘vendidos’ pelo Brasil por frações de seu valor no exterior. Já a China industrializa suas matérias-primas. Com isso o produto nacional bruto multiplicou-se por 20 nos últimos 30 anos, tornando-se a 2ª maior potência mundial”.

"Sempre costumo dizer que a poesia, seja ela como for, é muito íntima; é algo muito pessoal da pessoa que a escreveu. Portanto, quando leio qualquer poesia, sempre costumo criar uma ponte, para que eu possa sentir todos os sentimentos contidos em cada palavra e acima de tudo, entender o sentimentalismo presente ali." - Leandro de Lira

Enviado por Cristovam Buarque - 
23.3.2013
 | 9h21m
Preferência pela ilusão
Quando comunicou ao povo que a Inglaterra entraria em guerra com a Alemanha, Winston Churchill fez um discurso pedindo “sangue, suor e lágrimas” para conseguirem a vitória. Se estivesse no Brasil diria: “já estamos ganhando a guerra.”
Esta é a impressão que senti ao ouvir os comentários do governo federal sobre o Índice de Desenvolvimento Humano de 2012, que anualmente o PNUD/NNUU estima e apresenta como indicador do desenvolvimento humano de cada país e sua respectiva posição no conjunto das nações. Apesar de sermos a 6ª economia no mundo, somos a 88ª no desenvolvimento humano.
Mas em vez de reconhecer o atraso e fazer um desafio a todos os brasileiros para superarmos esta situação, o governo preferiu falar que havia um erro de cálculo no índice. Isto porque o PNUD tomou por base para todos os países dados do ano de 2005, e em 2011 o Brasil tinha 7,4 anos de escolaridade, não mais os 7,2 anos de 2005. É uma pena que o governo não perceba que 7,4 é uma situação vergonhosa.
Além disso, se o IDH considerasse a qualidade da educação e como ela se distribui por classe social, nossa posição pioraria no cenário mundial, até porque nossa qualidade é baixa. Se os ricos têm 13 anos de escolaridade, para a média ser 7,4 anos, os pobres têm que ter escolaridade de apenas 3 ou 4 anos.
Não há justificativa para o governo esconder a realidade por dois motivos: a culpa é histórica e a situação é muito mais grave. Nosso Índice de Desenvolvimento Humano seria muito pior se em seu cálculo fossem considerados, por exemplo, morte por violência, tempo perdido e qualidade no transporte urbano, concentração da renda, degradação urbana e outros problemas sociais que são crônicos e comemorados por não serem ainda piores.
O sentimento provocado por “já estamos ganhando”, em substituição ao “sangue, suor e lágrimas”, decorre da preferência pelas aparências do presente, com desprezo à realidade e ao longo prazo.
O Brasil não terá futuro, enquanto não tiver um governo que seja capaz de perceber a dimensão da tragédia, olhar ambiciosamente para o futuro, e mobilizar a todos para enfrentarmos o problema.
O IDH é uma das maiores conquistas intelectuais do século XX, por trazer a ideia de que a riqueza medida pelo PIB não representa o nível de bem-estar. Seu grande mérito, porém, é fazer com que os dirigentes de todo o mundo esperem com ansiedade sua divulgação para saber como evoluiu o quadro social de seu país naquele ano.
Mas esta imensa conquista fica perdida se, em vez de perceber a realidade e lutar para superá-la, os dirigentes preferirem, como no Brasil, desqualificar os cálculos e ver êxitos onde temos fracassos.
Na Segunda Guerra Mundial, enquanto Churchill pedia “sangue, suor e lágrimas”, a Alemanha usava sua máquina publicitária para passar a ideia de que tudo ia bem nofront e que os críticos eram derrotistas. E todos sabem quem perdeu a guerra.

Cristovam Buarque é senador (PDT-DF)

quarta-feira, 20 de março de 2013

ACABEI...DE FAZER


O que mais me assusta e ao mesmo tempo me deixa cansado é que tudo acaba acabando, seja lá o que for que você esteja pensando.
Todo mal e todo bem, toda infelicidade e felicidade também.
Como posso acreditar em algo que sempre acaba, como o mundo e essa vida barata e insana.
Me diga você, que é mais sabido do que eu, me diga algo que nunca acaba.

O que isso prova afinal, ou seja, o fim de tudo e que nada existe de verdade nesse seu mundo.
Prova apenas o que venho lhes dizendo há tanto tempo.
A única coisa que nunca acaba, porque também nunca existiu é a ilusão.
Tudo o mais que não seja a ilusão acaba acabando.

E ainda digo mais, já que estou apenas filosofando, tudo que não acaba, você não sabe, não conhece e nunca viu, como por exemplo, a tua alma , Deus e um político honesto.

(© Paulo Cesar de Oliveira)

terça-feira, 19 de março de 2013


Enviado por Carlos Tautz - 

19.3.2013
 

ECONOMIA

Royalties para quem?


Carlos Tautz

Uma breve passagem por Campos dos Goytacazes e Macaé, duas das cidades fluminenses que mais recebem royalties por estarem dentro da Bacia de Campos, a maior região petrolífera de petróleo do Brasil, mostra que é muito mau parada essa discussão sobre quais cidades devem ser recompensadas pela extração do óleo.
A se deduzir pela infraestrutura social criada pelos dois municípios desde que aquela atividade econômica começou ali, há pouco mais de 30 anos, a montanha de dinheiro deveria ter tido final muito melhor. Afinal, onde foram parar os royalties pagos até hoje?
Campos, reduto do esquema Garotinho – aquele ex-governador, hoje de novo candidato ao cargo, indiciado por formação de quadrilha armada - exibe os piores resultados do Estado em termos de educação pública. Se pelo menos alguma parte dos royalties serviru para alguma finalidade, em Campos se pode dizer uma coisa: esse destino final certamente não foi a educação.
Em Macaé, que tem a coragem de exibir placas onde se lê “Capital nacional do petróleo”, os transportes públicos – monopolizados pela empresa 1001 – levam poucos do nada a lugar nenhum.
Os transportes estão entre os piores serviços apontados pela população, que também se queixa, muito, de um tremendamente deficiente sistema de saúde pública. De tão violenta, a cidade é a única, fora a capital Rio de Janeiro, a ter uma Unidade de Polícia Pacificadora, instalada na favela Nova Holanda.
Campos e Macaé são apenas dois dos exemplos, certamente que os mais visíveis, mas não os únicos, de cidades que há mais de três décadas vêm recebendo quantias crescentes de dinheiro a título de royalties, mas que vêem essa fortuna ser desviada ano a ano sem que saúde, educação, cultura sejam as áreas, como orienta a legislação, prioritárias no recebimento do repasse mensal.
Essa dimensão do problema dos royalties precisa vir à tona nesse momento em que o proselitismo esperto do governador Cabral, de um lado, e a volúpia interessada de Garotinho, no campo oposto, voltam suas baterias contra esse recurso público. Nem um, nem outro, têm em mente o interesse público quando defendem que o Estado do Rio continue a receber o montante atual de royalties.
Alguém já os viu defender uma fiscalização efetiva sobre a aplicação desses recursos?
Isso não significa, entretanto, que a injusta legislação sobre a exploração de minérios e de hidreletricidade, que não prevê a distribuição equânime destas riquezas entre todos os entes do território brasileiro, deva também se manter. Petróleo, minérios e hidroeletricidade não pertencem aos munícios onde aparecem e/ou são explorados. São de propriedade da União e é ela quem deve distribuir as benesses advindas de sua exploração econômica.
Essas são as verdadeiras questões que subjazem o debate sobre os royalties. Mas, quem está decidido a levá-las a termo?

Carlos Tautz é jornalista, coordenador do Instituto Mais Democracia – Transparência e Ccontrole cidadão de governos e empresas

segunda-feira, 18 de março de 2013




Quando tento ler os jornais e as notícias
Ou apenas dar uma olhada na janela
Ou uma voltinha lá fora
Tenho vontade de voltar correndo
Nem ao menos conversar pela Internet é mais possível
Devido ao nível de agressividade e animosidades
Quando não de hipocrisias e mediocridades
Então me refugio nos meus poemas
Mas minha poesia não tem eco
E minha alma é um mistério
Mas nesses dias chuvosos como hoje
Que o poeta não tem palavras
Ainda lhe resta o tesão e saudades

(17.03.2013 – Paulo Cesar de Oliveira)

CAVALEIRO DA ILUSÃO VIAJANDO PELO TEMPO DO AMOR- UMA NOVA FICÇÃO

Mais uma vez eu partia sem destino em busca de um lugar incerto e não sabido


Levava você comigo, mas não era pelas mãos, como sempre desejei e sim escondido, dentro de um machucado coração.
Na mochila trazia um mundo de sonhos perdidos e um resto de esperança que insistia em viajar comigo, onde quer que eu fosse.
Sempre foi assim, a fiel companheira.
Viajante do tempo num tempo em que andar sozinho não era apenas mais uma opção, mas quase uma obrigação,
Imposta pelas circunstâncias e uma realidade que insistia em desafiar: a vida é para os que  possuem
No silêncio do caminho ainda lembrava do côncavo dos teus seios e convexo do teu sexo
Eu sabia que durante muito tempo eu teria que conviver com a tua lembrança
Mas tentaria recomeçar tudo de novo, voltaria ao início do início, quando tudo era apenas sonhos e desejos
Quando caminhava sozinho pelos caminhos que acabaram me levando a você
Tal qual um Dom Quixote contemporâneo,
lutaria novamente contra moinhos de vento,
em busca de uma nova aventura de amor e uma nova paixão
Cavaleiro da ilusão
No entanto, sinto minha armadura mais pesada
que outrora
Talvez pela lembrança dos teus olhos negros e o peso dos teus beijos que ainda não consegui jogar fora

(© Paulo Cesar de Oliveira)


ACONTECEU


Sinceramente
Eu preferiria que não fosse assim
Mas aconteceu
E meu lado poético e romântico
Acabou despertando
De uma forma algumas vezes até ridícula
Uma surpresa até para mim
E meu coração que já foi de açúcar e se tornou pedra
Vai voltando devagar a ficar doce de novo
Poetizo por tua causa
Quase todos os meus poemas são dirigidos a você
Leio você em várias páginas do meu livro de poemas
Acabei descobrindo uma ótima receita de cura
Misturar sentimentos e palavras
Cozinhar tudo em fogo baixo, sem pressa
Não tenho mais a coragem para chorar
Prefiro poetizar

(© 17.03.2013 – Paulo Cesar de Oliveira)




O Eu-poético

Minha poesia é suja, medíocre, falsa
Me falta o altíssimo vocabulário dos literários
Me falta as belíssimas temáticas da antiguidade

Não gosto de falar de amor, nunca vivi nenhum
Gosto de falar de dor, isso em mim é comum

Minha temática é a vida, vivida, convivida
Meu vocabulário é baixo, baixíssimo

Grandes poetas enfatizam o amor
Eu o despreso, o desgasto, o desmoralizo, o piso
Grandes poetas não falam em dor
Eu a clamo, a chamo, a escrevo, a como, a bebo

O amor é chato, fácil, simples
A dor é intensa, imensa, profunda.
Allann Xavier

sábado, 16 de março de 2013

CARTA A UM AMIGO DE VIAGEM


Quando nos conhecemos, nós éramos pessoas simples, sem quase nenhuma informação ou suposto conhecimento das coisas. Simplesmente estudávamos e íamos adquirindo o conhecimento da educação básica, que mais tarde, percebi que grande parte era mentirosa, como a história do nosso país ou não me servia para nada, como toda aquelas fórmulas químicas e físicas. Mas éramos felizes e alegres e a vida era agradável e sem quase nenhum tédio. Talvez porque nosso pires do conhecimento ainda nem estava pela metade.

E o tempo foi passando e nos separamos, cada um seguindo caminhos diferentes. Casamos, constituímos família e terminamos um curso superior. E com isso aumentamos muito nosso nível de informação e suposto conhecimento. Nosso pires do conhecimento aumentou consideravelmente, mais ainda não estava cheio.
                                      
Mas o conhecimento formal, societário, não preenchia nossa ânsia de saber e começamos então um outro caminho, o conhecimento de si mesmo, das coisas ocultas, o mistério, aquilo que supostamente é revelado a poucos. Foi por isso que começamos então, no final da década de 90 do século passado a ler os livros de auto-ajuda, de auto conhecimento e assuntos correlatos que naquela época  costumávamos chamar de esoterismo e coisas afins. 

Você meu amigo, começou primeiro do que eu nesse novo caminho, e quando iniciei, me lembro, foi por um convite teu em 1997. Foi então que entrei numa escola do Quarto Caminho de Gurdjieff em Friburgo-RJ.

Coisas paralelas começaram a surgir para mim nessa época, já que tinha mais tempo disponível do que você e novos relacionamentos surgiram na minha vida, haja vista, que “semelhantes atraem semelhantes”. Com isso mergulhei intensamente nesse ambiente de pessoas que buscavam esse conhecimento de si mesmos e não apenas o mundano. Tive e ainda tenho a clara impressão que os livros e as pessoas iam chegando na minha vida como se alguém, algum ser invisível, estivesse ajudando e corroborando para isso.

Estava eu com cerca de 42 anos quando tudo isso se iniciou, ou seja, há 16 anos atrás. Talvez fosse tarde, pois algumas pessoas iniciaram em idade menor, mas, embora tardio, foi intenso e profundo esse meu mergulho ao mundo da Busca, ou da espiritualidade.

Foram várias passagens por vários lugares, porém, uma particularidade me chamou a atenção, qual seja, nunca fiquei muito tempo em lugar nenhum, fui ficando até o ponto de apanhar, reter, o que me servia e seguia para outro lugar. Como uma abelha que recolhe o néctar das flores sem fixar residência. Esse comportamento não intencional me ajudou a não ser um simples seguidor fanático a qualquer instituição, religião ou seita. Mas, aprendi a respeitá-las e a colher o que alimentava a minha alma carente de saber, agradecer e seguir em frente. Pois a vida e o conhecimento são dinâmicos.

E assim fui seguindo essa estrada até que em setembro de 2001 conheci uma pessoa que me apresentou o livro “Um Curso Em Milagres” e comecei o seu estudo. Isso foi um marco para mim, pois as informações desse livro foram importantíssimas na medida em que me explicou de forma aceitável, várias dúvidas cruciais que tinha, como por exemplo: Jesus, o Espírito Santo, cristianismo, religiões, o mundo, o ego, Deus, pecado, céu, etc...Foi a melhor explicação que obtive até hoje sobre esses temas. Ainda hoje, nada melhor eu encontrei. Se é verdade ou não, já não tenho mais preocupações com a verdade. A verdade é aquilo que queremos ou precisamos acreditar, nada mais do que isso.

Mas agora estamos em 2013, ou seja,  16 anos se passaram entre aquele convite aceito e os dias de hoje. O que mudou em mim? E em você? Difícil dizer com precisão, pois há mudanças que não são visíveis. Do ponto de vista material, mensurável, visível, etc, não percebo quase nenhuma mudança, foram poucas. A grande mudança que percebo em mim (e só posso falar de mim e não de você) foi interna. Se boa ou má, não sei, acredito que foram boas em certo sentido, porém, aparentemente ruins em outro, por exemplo, vejo hoje o mundo como uma grande ilusão, algo sem sentido e isso me tira a vontade de viver esse mundo. É como diz Pessoa, o poeta: “Só os inocentes e os ignorantes são felizes”. Já não me sinto tão ignorante e muito menos inocente para acreditar em felicidade aqui nesse mundo. E fora desse mundo tudo é desconhecido e oculto.

Meu amigo, para terminar essa carta, recebi a informação que você teria entrado para a Maçonaria. Não sei se é verdade isso, pois não ouvi de você. No entanto, torço para que não seja verdade, pois com todo respeito que lhe tenho, acho isso um tremendo de um retrocesso.

Me perdoe por esse julgamento, mas se o faço é por consideração por você. Não vou explicar porque acho isso um retrocesso, pois me parece tão óbvio que não tenho paciência para explicações e justificações. Mas lhe digo, se depois de mais de 16 anos no Caminho, de tantas escolas, livros, palestras, vivências e experiências, etc; se é para chegar a Maçonaria, Rosacruz, Templários e toda essas instituições com seus rituais, cerimônias, dogmas, ética, normas de condutas, etc..., eu preferiria que nunca tivéssemos caminhado tanto tempo e com tanta intensidade na busca de um conhecimento melhor de nós mesmos.

Espero que no final você não se torne mais um mendigo espiritual que vive batendo nas portas dos templos buscando migalhas de um conhecimento que está lá fora, quando na verdade, todo esse conhecimento está dentro de você e com o Divino Espírito Santo.

Nessa altura, os rituais copiados do Antigo Egito, tampouco aglomerados de egos pessoais não poderão te ajudar, se ainda não compreendeste onde reside a Fonte.

Chega um ponto na estrada que deves seguir sozinho e uma reunião de pessoas só lhe atrapalharão. É um tempo de simplicidade e de um só Senhor ou Ajudante.

Haverá um tempo também, nessa mesma estrada, que terás que abandonar não só as religiões, as escolas iniciáticas, os dogmas, os rituais, as cerimônias e as regras de conduta e normas morais, como também os livros, pois você se tornará  O Livro, e o Livro estará em ti.

O sábio só lê um livro, o livro da vida.

Abraços do amigo,

Paulo Cesar de Oliveria
16.03.2013

INCOMUNICAÇÃO

Vocês já devem ter ouvido alguém reclamar da falta de diálogo entre os casais. A falta de comunicação. Já ouvi pessoas reclamarem do outro sobre isso várias vezes. Eu mesmo sou muito calado e muitas vezes recebi queixas sobre isso; pergunte a minha ex-mulher, mãe dos meus filhos. Mas outras reclamaram também.

Para mim isso faz parte das diferenças entre pessoas.

Mas ainda penso que o grande ápice do amor entre amantes é  a INCOMUNICAÇÃO. Nunca atingi esse estágio mutuamente, mas já o atingi sozinho com companhia. Aquela situação onde a comunicação verbal torna-se desnecessária. Onde tudo torna-se energia e vibração e as palavras tornam-se desnecessárias.

Isso é totalmente inverso do que as pessoas dizem e acreditam, porém, mais uma vez chamo atenção dos meus leitores(as) que o mundo está de cabeça para baixo.

(PCO)

POESIA


"Impossível qualquer explicação: ou a gente 
aceita à primeira vista, ou não aceitará 
nunca: a poesia é o mistério evidente. Ela é 
óbvia, mas não é chata como um axioma. E, 
embora evidente, traz sempre um 
imprevisível, uma surpresa, um 
descobrimento."