Observe e analise a notícia abaixo das eleições municipais de agora em 2012.
25% (um quarto) do eleitorado brasileiro votou nulo, em branco ou se abstiveram nessas eleições.
Eu sou um deles. E não tenho nenhum dúvida em afirmar que nesses 25% dos eleitores estão as pessoas mais inteligentes e conscientes desse país. Aqueles que por serem os melhores nunca poderiam ser ovelhas ou gado, manipulados e manobrados PELA FARSA DO "VOTO VÁLIDO" E DO VOTO OBRIGATÓRIO, CUJO ÚNICO OBJETIVO É MANTER O PODER NA MÃO DOS MESMOS E DE SEUS FAMILIARES.
POVO IGNORANTE É POVO POBRE!
12 de outubro de 2012
DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
São impressionantes os números que traduzem a opção
preferencial de boa parte do eleitorado pelo silêncio diante das urnas
municipais: 25% dos brasileiros e 30% dos paulistanos anularam, deixaram
o voto em branco ou simplesmente se abstiveram.
Somados, são 35 milhões de eleitores voluntariamente apartados do processo de escolha. Em São Paulo foram 2,4 milhões e ultrapassaram a votação dos dois primeiros colocados: José Serra (1,8 milhão) e Fernando Haddad (1,7 milhão).
Um contingente considerável. Digno de chamar atenção dos partidos que, no lufa-lufa dos preparativos para as disputas do segundo turno, não têm dado importância ao assunto.
Pelo menos não falam disso como seria de se esperar, tendo em conta a necessidade dos candidatos pela maior quantidade possível de votos válidos.
Talvez para 2012 seja tarde para reagir e dar uma resposta a essa legião que arranja seu próprio jeito de escapar da imposição (antiquada) do voto obrigatório.
Na prática, vota quem quer. A obrigatoriedade só serve para dar mais trabalho a quem não quer. Contudo, fosse o voto facultativo, a ausência não seria ainda maior?
Provavelmente. Mas pelo menos os partidos não teriam garantida uma reserva de mercado. Os políticos precisariam trabalhar mais, se comportar melhor e dar ouvidos à opinião pública na entressafra dos períodos eleitorais se quisessem assegurar presença razoável do público na hora de votar.
Claro que o distanciamento entre representantes e representados não decorre da obrigatoriedade do voto. A crescente indiferença é sintoma de algo muito maior. Problema de diagnóstico conhecido e solução sempre apontada na direção da reforma política.
Pregação que tem se mostrado inútil porque os partidos de verdade não querem mudar coisa alguma. Ficam discutindo em termos incompreensíveis aos ouvidos da maioria que obviamente não se entusiasma com o debate.
Isso quando não insistem em propostas desprovidas de respaldo social. É o caso do financiamento público de campanha.
Ora, se o público se afasta do processo eleitoral, é de se concluir que não esteja disposto a pagar mais por isso.
Aqui voltamos à questão do voto obrigatório: o que mais poderia aproximar a população da política se não a proposição de um tema que afeta diretamente seus direitos e deveres?
Somados, são 35 milhões de eleitores voluntariamente apartados do processo de escolha. Em São Paulo foram 2,4 milhões e ultrapassaram a votação dos dois primeiros colocados: José Serra (1,8 milhão) e Fernando Haddad (1,7 milhão).
Um contingente considerável. Digno de chamar atenção dos partidos que, no lufa-lufa dos preparativos para as disputas do segundo turno, não têm dado importância ao assunto.
Pelo menos não falam disso como seria de se esperar, tendo em conta a necessidade dos candidatos pela maior quantidade possível de votos válidos.
Talvez para 2012 seja tarde para reagir e dar uma resposta a essa legião que arranja seu próprio jeito de escapar da imposição (antiquada) do voto obrigatório.
Na prática, vota quem quer. A obrigatoriedade só serve para dar mais trabalho a quem não quer. Contudo, fosse o voto facultativo, a ausência não seria ainda maior?
Provavelmente. Mas pelo menos os partidos não teriam garantida uma reserva de mercado. Os políticos precisariam trabalhar mais, se comportar melhor e dar ouvidos à opinião pública na entressafra dos períodos eleitorais se quisessem assegurar presença razoável do público na hora de votar.
Claro que o distanciamento entre representantes e representados não decorre da obrigatoriedade do voto. A crescente indiferença é sintoma de algo muito maior. Problema de diagnóstico conhecido e solução sempre apontada na direção da reforma política.
Pregação que tem se mostrado inútil porque os partidos de verdade não querem mudar coisa alguma. Ficam discutindo em termos incompreensíveis aos ouvidos da maioria que obviamente não se entusiasma com o debate.
Isso quando não insistem em propostas desprovidas de respaldo social. É o caso do financiamento público de campanha.
Ora, se o público se afasta do processo eleitoral, é de se concluir que não esteja disposto a pagar mais por isso.
Aqui voltamos à questão do voto obrigatório: o que mais poderia aproximar a população da política se não a proposição de um tema que afeta diretamente seus direitos e deveres?