terça-feira, 5 de junho de 2012

SEMPRE QUIS VIVER UM GRANDE AMOR ANTES DE MORRER


Apesar de não acreditar no amor
Sempre quis viver um Grande Amor antes de morrer
Houve épocas e tempos que busquei por esse amor
Esperanças e desejos foram ficando pelo caminho
Inquietações e fugas tomaram conta de mim
Liberdade de um amor sem prisão e solidão
Fui conhecendo e aprendendo o amor 
pelo que o amor não é

O que quero afinal,
se a cada dia sou uma pessoa diferente
Hoje sou amor, desejo e tesão
Amanhã sou desinteresse e desilusão

Ontem eu fiz um poema triste
Se deixo escapar o Agora
Eu perco o Hoje, o Amanhã e o Ontem

Eu posso me perder nesse meu poema,
porque existem outros
Mas não posso perder a poesia da vida
Não posso me perder nessa estrada,
nessa caminhada

Não posso viver um Grande Amor
Se não acredito no amor de ninguém

Só posso viver um Grande Amor
Com aquela pessoa que ama apesar,
de não acreditar também nesse mesmo amor

Para viver um Grande Amor,
não se pode esperar nada desse amor
O Grande Amor deve ser vivido naturalmente,
sem medo e expectativas
Sem posses e propriedades

Ama porque ama
Apesar de todo desamor,
de toda desilusão e desesperança
Ama mesmo sem saber o que é amor

Quando o dinheiro, o poder, a fé e a esperança
Do poeta se foram
A única mulher que lhe fez companhia foi o amor (próprio)
E o poeta não ficou só
E foi quando ele se tornou místico, poeta e louco
Foi quando ele se tornou aquilo buscava

Hoje ele não espera nada do amor
E dessa maneira o amor tem lhe dado muita coisa
Mas honestamente,
ele ainda não viveu um Grande Amor

E a medida que a morte se aproxima,
ele se pergunta se o Grande Amor existe

Ele sempre quis viver um Grande Amor antes de morrer


(©04.06.2012  -  Paulo Cesar de Oliveira)