terça-feira, 8 de abril de 2014

INFERNO ASTRAL


Sábado passado, dia 5 de abril eu entrei no meu período mais difícil, meu Inferno Astral, que vai até o dia 18 de maio. São 45 dias.

Meu inferno astral é o meu tpm astrológico. 

É quando minha paciência com meu ego e dos outros, desce a níveis mais baixos no ano, e minha tolerância, que já não é muito alta, se aproxima de zero. É quando mais preciso perdoar. Mas, perdoar não é fácil.

O que vocês têm a ver com isso? Nada. Absolutamente nada. Afinal, não vivem comigo. O deus de vocês lhes protegeram de mim. Mas, não lhes protegeram da Internet.

Mesmo assim achei mais honesto da minha parte avisá-los. Só por precaução. Afinal, vocês são ou não são meus amigos? Vocês não avisariam um amigo de um perigo? Pois é. É o que estou fazendo agora.

Mudando de assunto, haja vista que o recado foi dado.

Hoje, o que eu quero da vida é uma coisa tão simples: viver, amar e ser amado por uma índia, não civilizada, sem filhos. Que tomasse banho nua comigo no rio, na cachoeira, que dormisse nua todos os dias e que fizesse amor comigo na rede. Mas que fosse vegetariana.

O meu cansaço da civilização é tão grande, que preciso voltar a origem da natureza da minha alma, para descobrir onde foi que peguei o caminho errado e vim parar aqui, nesse beco sem saída.

Esse caminho da mentira, da culpa, do medo e da hipocrisia. Esse caminho que trilhei com os homens e mulheres civilizados, intelectualizados, cultos, racionais e inteligentes. Esse caminho que me afastou de Deus e me aproximou cada vez mais do ego.

Eu queria nunca mais ouvir essa frase: "Paulo, não entendi nada". E ter que explicar aquilo que não se pode explicar.

E ter que escrever porque o silêncio também foi aviltado, corrompido e comercializado, em cursinhos de meditação.

Eu preciso voltar a colocar os pés descalços no chão e olhar toda noite para o céu e no silêncio do som do universo, ouvir o Grande Espírito.

Não consigo mais ouvir o Espírito Santo no barulho da cidade e com os tambores do ego, vinte quatro horas nos meus ouvidos.

Eu preciso me lembrar de quem Eu Sou. 

E tirar de vez essas máscaras que tenho usado para me comunicar e sobreviver nesse mundo de ilusão.

Paulo Cesar de Oliveira