domingo, 1 de dezembro de 2013

DEFININDO A ILUSÃO


 Eu quero uma namorada

Que não seja “chata”

Que sorria quase todos os 

dias

Não precisa sorrir sempre, 

pois senão é 

desespero

Que não seja “fresca”

Que seja simples sem ser 

simplória


Eu quero uma namorada que,

principalmente,

não me faças cobranças, pois 

detesto ser cobrado


Que  fale pouco e saiba ler o silêncio


Que goste de poesia, e que beba vinho tinto 

comigo

Que não seja consumista e materialista

Que não seja fria e principalmente morna

Que use mais vestidos e saias do que calça 

comprida

Que ande de mãos dadas comigo

Que não goste de televisão, principalmente 

novelas e o Faustão


O que eu ofereço em troca disso tudo?

Fidelidade,  sexo, amor e vida eterna


Você me diz que mulheres assim não existem

E que eu também não existo


Eu sei...

Mas você insistiu que eu lhe definisse a ilusão



(Paulo Cesar de Oliveira)