Penso
que a felicidade seja um estado natural do ser humano
Você
nasce feliz e vai se tornando infeliz com o tempo
Na
medida em que busca e deseja essa felicidade você acaba perdendo-a,deixando-a escapar pelos dedos
Pois
se torna um desejo, um apego
Você
a está negando, pois desconsiderou essa naturalidade
Normalmente,
uma criança é feliz por natureza
Isso
é totalmente Zen-Budismo
Mas
eu não sou zen nem budista
De
Buda eu só tenho a barriga de Bodhidharma
Mas
tem gente que logo que nasce e abre os olhos fica infeliz
Mas
vide esse texto abaixo de Merval Pereira
Verifique
que o Brasil, segundo as pesquisas, é um dos países mais felizes do mundo
Basta
essa informação para se perceber como o mundo é infeliz
Eu
aprendi o segredo da felicidade
Só
que é a coisa mais difícil de se praticar que conheço
São
duas palavras apenas: Perdão e Gratidão
Mas
isso é muito difícil, mas é o segredo
Por
isso não posso dizer que sou feliz
Porque
não aprendi a praticar o segredo
Mas
também não posso dizer que sou infeliz
Porque conheço o segredo
Acho
que existo, num intervalo entre a felicidade e a infelicidade
Você
pode dizer que sou triste, melancólico, pessimista, desiludido
Mas
você não pode dizer que sou infeliz
Mas
o melhor mesmo é que você não diga nada
Pois
me contradigo a todo momento
Mudo
constantemente entre o que sou e o que penso que sou
Entre o ser e o não ser, feliz
(Paulo
Cesar de Oliveira)
A
Busca da Felicidade
MERVAL
PEREIRA
27.1.2013
Ao
mesmo tempo em que discute os temas econômicos mais atuais, o Fórum Econômico
Mundial abre espaços há alguns anos para debates paralelos, e este ano um deles
se dedicou a discutir como incluir a felicidade e o bem-estar dos cidadãos na
medida da prosperidade de um país, para além do tamanho do Produto Interno
Bruto (PIB). Entre os debatedores, os economistas Jeffrey Sachs, da
Universidade Columbia, e o Prêmio Nobel Joseph Stiglitz, além de Laura
Chincilla, presidente da Costa Rica, um dos países mais felizes do mundo de
acordo com pesquisas ainda incipientes sobre o tema.
O
resultado dessa pesquisa, por sinal, fez Sachs ressaltar que os países
escandinavos aparecem nos quatro primeiros lugares (Dinamarca, Finlândia,
Noruega e Suécia), na frente de países da Europa mais ricos e dos Estados
Unidos. O Brasil aparece em várias pesquisas entre os mais felizes. Mas o que
faz de um país feliz?
Paul
Dolan, Professor de Ciência do Comportamento da London School of Economics e
Oliver Harrison, Diretor de Estratégia da Autoridade de Saúde de Abu Dhabi
escreveram um artigo para o blog do Fórum Econômico Mundial onde afirmam que
“uma vida boa tem que ser medida individualmente.” Há evidências científicas de
que um povo mais feliz é mais saudável, produtivo e mais resistente a choques
externos, como desemprego.
Não
é apenas o Butão que usa a medida da felicidade. A Organização de Cooperação
para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais desenvolvidos
do mundo, está fazendo pesquisas para medir o bem-estar das populações, assim
como o Reino Unido já está monitorando esse estado de espírito da população.
O
economista Joseph Stiglitz diz que não sabemos ainda fazer boas medições sobre
as diversas dimensões do progresso, e ele está convencido de que o PIB não é
uma boa medida da felicidade do povo. O PIB pode crescer e o indivíduo não
sentir o impacto na sua vida, pois o PIB per capita “é apenas uma estatística”.
Ele lembra que a produtividade do setor público não é medida, nem o sentimento
de insegurança, assim como diversas outras dimensões que afetam a vida das
pessoas. Há pesquisas que mostram, por exemplo, que no mundo atual a
conectividade é fundamental para o bem-estar das pessoas.
A
Presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, deu um exemplo do que seu país faz
para aumentar a taxa de felicidade da população. Disse que o país poderia
crescer mais que os 5% do PIB que vem conseguindo em média nos últimos anos,
mas que não aprofunda a exploração de recursos naturais, como petróleo e gás,
para manter o meio ambiente preservado. Com relação ao trabalho, disse que não
basta ter pleno emprego, mas que o número de horas trabalhadas permita tempo
para o lazer e também que o número de mulheres empregadas seja proporcional á
presença delas na sociedade. Empregos inseguros e baixos pagamentos não
produzem trabalhadores felizes.
Jeffrey
Sachs lembrou que só nos últimos 200 anos o mundo passou à fase da riqueza, e
que apesar de décadas de crescimento quase não houve mudança no bem-estar. As
mudanças climáticas estão acontecendo dramaticamente, ele ressaltou, e é
preciso salvar a humanidade. Foi lembrado no debate que questões políticas
impedem mudanças, e o exemplo do Partido Verde da Alemanha é característico
disso. A tentativa de impor limites de velocidade nas autoestradas alemães,
para evitar acidentes e poluir menos a atmosfera, nunca é aprovada por que a
medida pode afrontar o sentimento machista dos homens alemães.
Stewart
Wallis, diretor executivo da New Economics Foundation, falou dos estudos acadêmicos
mais recentes sobre felicidade, mostrando que eles fazem a combinação de
sentimentos de curto e longo prazos. Um deles, feito com mil estudantes entre
13 e 16, mostrou que atividades esportivas e musicais davam mais alegria do que
qualquer outra coisa. Jeffrey Sachs falou sobre modelos psicológicos usados
para medir o bem-estar, e citou outra pesquisa que mostrou que os piores
momentos do dia são quando você se encontra com seu chefe e a volta para casa,
com a dificuldade de transporte. Os melhores momentos são quando se está com os
amigos e quando se faz amor.
Jeffery
Sachs lembrou que a procura da felicidade é registrada desde sempre, com Buda e
Aristóteles, com a busca de uma vida virtuosa e a redução do sofrimento.
Alcançar a felicidade é um trabalho de longo prazo