Me pediste que lhe escrevesse um poema
E não pude fazê-lo
E me entristeci
Meus poemas são flechas envenenadas
Que se voltam contra mim
Não posso atirá-las em ti
Não posso feri-la
Sou um homem cansado
Se amo não amo a amada
Amo tão somente o amor
E a saudade
Não,isso não é uma contradição
Eu posso amar sim, aquilo que não acredito
O amor não segue nenhuma regra
Nenhuma lógica, nenhuma coerência
Ele simplesmente acontece
Livre de crenças
Não,isso não é uma contradição
Eu posso amar sim, aquilo que não acredito
O amor não segue nenhuma regra
Nenhuma lógica, nenhuma coerência
Ele simplesmente acontece
Livre de crenças
Sou infiel
Às vezes cruel
Sou triste
De uma tristeza justa
Nunca fui senhor do meu destino
E Deus sempre riu dos meus planos
Vivo
Simplesmente porque não sei fazer outra coisa
Ah! Sim, também sou mentiroso
Mas minto com perfeição
Difícil saber o que é verdade
E o que é ilusão
É como saber a diferença
Entre amor e paixão
Compreende agora?
Porque todos meus poemas
Só podem ser para mim
Como posso dividir com você essa angústia
Toda essa desilusão
Você acredita em tantas coisas
Que um dia também acreditei
Não posso destruir teus sonhos
Talvez você seja igual a essas pessoas
Cujos sonhos são a única coisa que lhes restou
Você gostaria de um poema de amor
Não é mesmo?
Existiu um poeta famoso que um dia escreveu assim:
"Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto."
O mundo, o amor e a felicidade são uma ilusão
Mas, por favor
Não acredite em mim
Viva os teus sonhos
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto."
O mundo, o amor e a felicidade são uma ilusão
Mas, por favor
Não acredite em mim
Viva os teus sonhos
(© 2012 4 - Paulo Cesar de Oliveira)