CONSCIÊNCIA
Stanley Sobottka Emeritus Professor of PhysicsUniversity of Virginia
Tradução de Carlos Anastácio
1. Qual é a diferença entre um Conceito e a Realidade?
Um conceito é o resultado da conceptualização, a qual é o processo de separação e de nomeação (etiquetar).
Conceptualização é um processo aprendido durante a infância. A criança não conceptualiza porque o seu intelecto não está desenvolvido. Por contraste, o mestre tem um intelecto bem desenvolvido e conceptualiza mas vê que separação é uma ilusão.
Sem conceptualização, não existem objetos (por exemplo: no dormir sem sonho, sob anestesia, ou samadhi) porque por definição, os objectos estão sempre separados uns dos outros.
A Realidade não é um conceito. Pelo contrário, é a ausência de separação. Por isso é também a ausência de conceitos e objetos.
A conceptualização parece fragmentar a Realidade (que também é o Todo) em objetos separados de modo que a Realidade parece não mais ser completa e ser o Todo. No entanto, a Realidade permanece imutável apesar disso.
2. O que se pretende significar por conceitos verdadeiros ou não verdadeiros?
a. Uma crença é um conceito à qual a mente está fortemente apegada.
b. Uma crença que não pode ser verificada pelo ver está sempre sujeita ao ataque por uma crença contrária. Por isso, tem de ser constantemente reforçada pela repetição da crença. A adoção de uma crença, cega, não verificada, chama-se fé.
c. Uma vez que a Realidade é a ausência da separação, não pode ser percepcionada, Daí que, conceitos não podem descrever a Realidade (mas podem ser verdadeiros, ver g. e h. abaixo).
d. Exemplo: Um objeto material por definição está separado de outros objetos materiais. Portanto, os objetos materiais não são reais. A crença de que objetos materiais são reais é reforçada constantemente pela cultura materialista, e são sustentados apenas pela falha em ver a distinção entre objetos e a Realidade.
e. Embora os conceitos não possam descrever a Realidade, podem apontar para a Realidade.
f. Um apontador é um convite para ver directamente a diferença entre um objeto e a Realidade.
g. Se um conceito afirma ou implica a realidade de qualquer objeto, é falso. Se nega a realidade de um objeto, é verdadeiro (mas não é uma descrição da Realidade). Um conceito verdadeiro pode ser um guia útil para Realidade.
h. Exemplo: O conceito de que objetos materiais não são reais é verdadeiro, e aponta para a realidade.
3. O que é o mundo (o universo)?
a. O mundo (o universo) é o conjunto de objectos consistindo na corpo-mente de todos os objectos. O mundo parece existir no tempo e no espaço.
b. No entanto, o tempo e o espaço não são mais do que conceitos.
c. O tempo é um conceito de mudança. Uma vez que todos os objecos mudam, todos os objetos são conceitos temporais.
d. O espaço é o conceito da extensão (tamanho e forma). Uma vez que todos os objetos estão estendidos no espaço, todos os objetos são conceitos espaciais.
4. O que são pares de conceitos, polares ou dualistas?
a. A conceptualização resulta sempre em pares inseparáveis de conceitos (polares, ou dualistas) porque todo o conceito tem um oposto.
b. A Realidade está aparentemente dividida pela conceptualização em pares polares (dualistas). No entanto, nenhum conceito é real uma vez que a Realidade não pode ser dividida.
c. O resultado da aparente divisão da Realidade em pares polares de conceitos é chamado dualidade.
d. Os dois conceitos dum par são sempre inseparáveis porque a fusão dos opostos cancelará o par.
e. Exemplo: Eu/não-Eu é um par polar de conceitos. Se o Eu e o não-Eu se fundirem, o conceito não se mantém.
5. O que é a Consciência?
a. A Consciência é o que tem conhecimento do mundo.
b. A Consciência é auto-evidente porque Você está consciente e sabe que está consciente. Não muda e não tem extensão. Por isso, A Consciência não é um conceito ou um objeto.
c. Os termos “Consciência” e “Realidade” são apontadores conceptuais equivalentes.
d. Todos os objetos aparecem na Consciência e são o seu contéudo.
6. O que é você?
a. Você não é um conceito ou um objecto. A visão esclarecida mostra que Você não é o corpo-mente porque Você é o que está consciente do corpo-mente
b. Portanto Você é a Consciência.
c. O mundo e o corpo-mente manifestam-se em Si – Você não se manifesta no mundo.
7. O que é e existência?
a. Um objecto formado por uma conceptualização mais uma identificação é dito que existe.
b. Sem identificação, não existe objecto – é apenas um conceito.
c. A aparente existência de objectos é chamada dualismo (não dualidade – comparar com dualidade em 4c acima).
d. O mestre, sendo apenas Consciência e conhecendo apenas a Consciência, não vê separação, por isso ele/ela vê apenas conceitos e mas não objectos, por ex. dualidade mas não dualismo.
8. O que é o Eu-objeto?
a. O Eu-objeto é uma entidade assumida que resulta da identificação pela Consciência, que é real , com o Eu-conceito que é irreal. O Eu-objecto parece existir, a visão clarificada mostra que não existe.
b. Você não é um objeto e Você não existe – Você é a Realidade (Consciência).
9. O que é que faz com que os objetos pareçam existir?
a. Sempre que um Eu-objeto parece manifestar-se, o não-Eu objeco também parece manifestar-se.
b. Por isso, o não-Eu objecto parece real.
c. Mais conceptualização divide então o aparente não-Eu objeco numa multitude de objetos, e o medo/desejo fá-los parecer também reais.
10. O que é a sensação de fazer ou de responsabilidade?
a. O Eu-objeto ilusório traz implícito a sensação pessoal do fazer e da responsabilidade
b. No entanto, uma vez que o Eu-objeto não existe, não existe fazedor, nem pensador, nem aquele que escolhe, e nem observador.
c. Portanto, você não pode fazer nada e Você não é responsável por nada. Daí que, se alguma coisa for suposta acontecer ela acontecerá se não for não acontecerá.
11. Se não existe o fazedor, como é que as coisas acontecem?
a. Fazer é um conceito que assume que ambos o fazedor e a causalidade existem (“Eu posso causar que isto aconteça”).
b. No entanto, como não existe fazedor, a causalidade não mais do que um conceito e não é real.
c. Uma vez que todos os objectos não são nada mais que conceitos e não existem, tudo que parece acontecer também não é mais do que um conceito e não existe.
d. Tudo o que parece acontecer acontece sem causa (espontaneamente).
e. Mesmo se os objetos existissem é facilmente observável que nenhuma causa putativa poderia ser isolada do resto do universo, pelo que nunca poderia actuar isolada. Portanto, o universo todo teria de ser a causa.
f. Porque o Eu-objecto e a causalidade não são mais do que conceitos, também o livre arbítrio o é. Ele também não existe.
g. Tal como outros objectos, Deus não é mais do que um conceito (Deus egótico) e por isso não existe.
12. O que é o sofrimento?
a. O sofrimento é o dualismo medo/desejo (ex. onde existe desejo, existe medo, e vice-versa) mais todas as outras emoções que derivam do desejo/medo.
b. O sofrimento resulta da identificação da Consciência com o conceito do “Eu” como fazedor, fazendo com que o Eu-entidade, pareça real. Com o Eu-entidade ilusório vem o sentimento do fazer e da responsabilidade pessoal, mais a existência ilusória de todos os outros objetos.
c. A identificação faz com que todos os objetos pareçam reais., e desejáveis/temidos.
13. O que é o despertar (iluminação)?
a. O despertar é a desidentificação com a Consciência do Eu-conceito e por isso também do sentimento do fazer e da responsabilidade pessoais.
b. Com o despertar vem a consciência de que não existe pessoa ou entidade para fazer nada, e que nunca existiu uma pessoa ou entidade.
c. Consequentemente, não existem também outros objectos, e nunca houve outros objetos.
d. Uma vez que não há o Eu-objeto, não existe nenhuma pessoa que possa desejar ou ter medo. Também, uma vez que não há objectos, não há nada para desejar ou ter medo. Portanto, não existe sofrimento.
e. Com o despertar também chega a consciência de que a Realidade nunca foi afectada quer pela conceptualização quer pela identificação.
14. O que é que eu posso fazer para despertar?
a. Uma vez que a visão directa mostra que não existe o fazedor, não há nada que Você possa fazer para despertar, e portanto não tem responsabilidade nisso.
b. Uma vez que o despertar transcende o tempo, e todas as práticas ocorrem aparentemente no tempo, nenhuma prática poderá trazer o despertar.
15. Isso significa que não existe nenhuma esperança para aquele que sofre?
a. Definitivamente não. Existem muitas práticas que conduzirão a um menor sofrimento. No entanto, como todas as ações, não são feitas pelo fazedor uma vez que ele não existe. Portanto, você não as pode fazer, mas se elas são supostas ser feitas elas serão. Senão não o serão.
b. Qualquer prática de visão directa pode revelar a Realidade.
c. Exemplo: Para verificar que não existe o Eu-objeto, procure dentro de si e veja que não existe nenhum. Veja também que tudo o que acontece, incluindo todos os pensamentos e sentimentos acontecem simultaneamente, não havendo nenhum fazedor e não existe responsabilidade. Portanto, Você não pode ser afecado e Você não pode sofrer
d. Exemplo: Para verificar que nenhum objecto existe, olhe e verifique que, se não existe separação ou etiquetas, não existe objecto. Depois, veja e verifique que nada o mundo lhe poderá alguma vez trazer a paz. Finalmente, note que nada o pode afectar a Você que é pura Consciência e pura Paz.
e. A resistência é um pensamento ou sentimento que está a sempre a resistir a alguma coisa, seja um pensamento, sentimento, sensação, percepção, percepção, ou ação.
f. O Eu-objeto é formado quando existe identificação com resistência.
g. A desidentificação da resistência, e portanto do Eu-objecto, ocorrem quando existe a consciência disso.
h. Quanto mais você tem consciência da resistência, mais a transcenderá, e menos sofrerá.
16. Qual é a prática fundamental?
a. A prática fundamental é ir para o seu interior mental.
b. Quanto mais tempo passar no seu interior, mais compreenderá a sua verdadeira natureza, e melhor se sentirá.
Um conceito é o resultado da conceptualização, a qual é o processo de separação e de nomeação (etiquetar).
Conceptualização é um processo aprendido durante a infância. A criança não conceptualiza porque o seu intelecto não está desenvolvido. Por contraste, o mestre tem um intelecto bem desenvolvido e conceptualiza mas vê que separação é uma ilusão.
Sem conceptualização, não existem objetos (por exemplo: no dormir sem sonho, sob anestesia, ou samadhi) porque por definição, os objectos estão sempre separados uns dos outros.
A Realidade não é um conceito. Pelo contrário, é a ausência de separação. Por isso é também a ausência de conceitos e objetos.
A conceptualização parece fragmentar a Realidade (que também é o Todo) em objetos separados de modo que a Realidade parece não mais ser completa e ser o Todo. No entanto, a Realidade permanece imutável apesar disso.
2. O que se pretende significar por conceitos verdadeiros ou não verdadeiros?
a. Uma crença é um conceito à qual a mente está fortemente apegada.
b. Uma crença que não pode ser verificada pelo ver está sempre sujeita ao ataque por uma crença contrária. Por isso, tem de ser constantemente reforçada pela repetição da crença. A adoção de uma crença, cega, não verificada, chama-se fé.
c. Uma vez que a Realidade é a ausência da separação, não pode ser percepcionada, Daí que, conceitos não podem descrever a Realidade (mas podem ser verdadeiros, ver g. e h. abaixo).
d. Exemplo: Um objeto material por definição está separado de outros objetos materiais. Portanto, os objetos materiais não são reais. A crença de que objetos materiais são reais é reforçada constantemente pela cultura materialista, e são sustentados apenas pela falha em ver a distinção entre objetos e a Realidade.
e. Embora os conceitos não possam descrever a Realidade, podem apontar para a Realidade.
f. Um apontador é um convite para ver directamente a diferença entre um objeto e a Realidade.
g. Se um conceito afirma ou implica a realidade de qualquer objeto, é falso. Se nega a realidade de um objeto, é verdadeiro (mas não é uma descrição da Realidade). Um conceito verdadeiro pode ser um guia útil para Realidade.
h. Exemplo: O conceito de que objetos materiais não são reais é verdadeiro, e aponta para a realidade.
3. O que é o mundo (o universo)?
a. O mundo (o universo) é o conjunto de objectos consistindo na corpo-mente de todos os objectos. O mundo parece existir no tempo e no espaço.
b. No entanto, o tempo e o espaço não são mais do que conceitos.
c. O tempo é um conceito de mudança. Uma vez que todos os objecos mudam, todos os objetos são conceitos temporais.
d. O espaço é o conceito da extensão (tamanho e forma). Uma vez que todos os objetos estão estendidos no espaço, todos os objetos são conceitos espaciais.
4. O que são pares de conceitos, polares ou dualistas?
a. A conceptualização resulta sempre em pares inseparáveis de conceitos (polares, ou dualistas) porque todo o conceito tem um oposto.
b. A Realidade está aparentemente dividida pela conceptualização em pares polares (dualistas). No entanto, nenhum conceito é real uma vez que a Realidade não pode ser dividida.
c. O resultado da aparente divisão da Realidade em pares polares de conceitos é chamado dualidade.
d. Os dois conceitos dum par são sempre inseparáveis porque a fusão dos opostos cancelará o par.
e. Exemplo: Eu/não-Eu é um par polar de conceitos. Se o Eu e o não-Eu se fundirem, o conceito não se mantém.
5. O que é a Consciência?
a. A Consciência é o que tem conhecimento do mundo.
b. A Consciência é auto-evidente porque Você está consciente e sabe que está consciente. Não muda e não tem extensão. Por isso, A Consciência não é um conceito ou um objeto.
c. Os termos “Consciência” e “Realidade” são apontadores conceptuais equivalentes.
d. Todos os objetos aparecem na Consciência e são o seu contéudo.
6. O que é você?
a. Você não é um conceito ou um objecto. A visão esclarecida mostra que Você não é o corpo-mente porque Você é o que está consciente do corpo-mente
b. Portanto Você é a Consciência.
c. O mundo e o corpo-mente manifestam-se em Si – Você não se manifesta no mundo.
7. O que é e existência?
a. Um objecto formado por uma conceptualização mais uma identificação é dito que existe.
b. Sem identificação, não existe objecto – é apenas um conceito.
c. A aparente existência de objectos é chamada dualismo (não dualidade – comparar com dualidade em 4c acima).
d. O mestre, sendo apenas Consciência e conhecendo apenas a Consciência, não vê separação, por isso ele/ela vê apenas conceitos e mas não objectos, por ex. dualidade mas não dualismo.
8. O que é o Eu-objeto?
a. O Eu-objeto é uma entidade assumida que resulta da identificação pela Consciência, que é real , com o Eu-conceito que é irreal. O Eu-objecto parece existir, a visão clarificada mostra que não existe.
b. Você não é um objeto e Você não existe – Você é a Realidade (Consciência).
9. O que é que faz com que os objetos pareçam existir?
a. Sempre que um Eu-objeto parece manifestar-se, o não-Eu objeco também parece manifestar-se.
b. Por isso, o não-Eu objecto parece real.
c. Mais conceptualização divide então o aparente não-Eu objeco numa multitude de objetos, e o medo/desejo fá-los parecer também reais.
10. O que é a sensação de fazer ou de responsabilidade?
a. O Eu-objeto ilusório traz implícito a sensação pessoal do fazer e da responsabilidade
b. No entanto, uma vez que o Eu-objeto não existe, não existe fazedor, nem pensador, nem aquele que escolhe, e nem observador.
c. Portanto, você não pode fazer nada e Você não é responsável por nada. Daí que, se alguma coisa for suposta acontecer ela acontecerá se não for não acontecerá.
11. Se não existe o fazedor, como é que as coisas acontecem?
a. Fazer é um conceito que assume que ambos o fazedor e a causalidade existem (“Eu posso causar que isto aconteça”).
b. No entanto, como não existe fazedor, a causalidade não mais do que um conceito e não é real.
c. Uma vez que todos os objectos não são nada mais que conceitos e não existem, tudo que parece acontecer também não é mais do que um conceito e não existe.
d. Tudo o que parece acontecer acontece sem causa (espontaneamente).
e. Mesmo se os objetos existissem é facilmente observável que nenhuma causa putativa poderia ser isolada do resto do universo, pelo que nunca poderia actuar isolada. Portanto, o universo todo teria de ser a causa.
f. Porque o Eu-objecto e a causalidade não são mais do que conceitos, também o livre arbítrio o é. Ele também não existe.
g. Tal como outros objectos, Deus não é mais do que um conceito (Deus egótico) e por isso não existe.
12. O que é o sofrimento?
a. O sofrimento é o dualismo medo/desejo (ex. onde existe desejo, existe medo, e vice-versa) mais todas as outras emoções que derivam do desejo/medo.
b. O sofrimento resulta da identificação da Consciência com o conceito do “Eu” como fazedor, fazendo com que o Eu-entidade, pareça real. Com o Eu-entidade ilusório vem o sentimento do fazer e da responsabilidade pessoal, mais a existência ilusória de todos os outros objetos.
c. A identificação faz com que todos os objetos pareçam reais., e desejáveis/temidos.
13. O que é o despertar (iluminação)?
a. O despertar é a desidentificação com a Consciência do Eu-conceito e por isso também do sentimento do fazer e da responsabilidade pessoais.
b. Com o despertar vem a consciência de que não existe pessoa ou entidade para fazer nada, e que nunca existiu uma pessoa ou entidade.
c. Consequentemente, não existem também outros objectos, e nunca houve outros objetos.
d. Uma vez que não há o Eu-objeto, não existe nenhuma pessoa que possa desejar ou ter medo. Também, uma vez que não há objectos, não há nada para desejar ou ter medo. Portanto, não existe sofrimento.
e. Com o despertar também chega a consciência de que a Realidade nunca foi afectada quer pela conceptualização quer pela identificação.
14. O que é que eu posso fazer para despertar?
a. Uma vez que a visão directa mostra que não existe o fazedor, não há nada que Você possa fazer para despertar, e portanto não tem responsabilidade nisso.
b. Uma vez que o despertar transcende o tempo, e todas as práticas ocorrem aparentemente no tempo, nenhuma prática poderá trazer o despertar.
15. Isso significa que não existe nenhuma esperança para aquele que sofre?
a. Definitivamente não. Existem muitas práticas que conduzirão a um menor sofrimento. No entanto, como todas as ações, não são feitas pelo fazedor uma vez que ele não existe. Portanto, você não as pode fazer, mas se elas são supostas ser feitas elas serão. Senão não o serão.
b. Qualquer prática de visão directa pode revelar a Realidade.
c. Exemplo: Para verificar que não existe o Eu-objeto, procure dentro de si e veja que não existe nenhum. Veja também que tudo o que acontece, incluindo todos os pensamentos e sentimentos acontecem simultaneamente, não havendo nenhum fazedor e não existe responsabilidade. Portanto, Você não pode ser afecado e Você não pode sofrer
d. Exemplo: Para verificar que nenhum objecto existe, olhe e verifique que, se não existe separação ou etiquetas, não existe objecto. Depois, veja e verifique que nada o mundo lhe poderá alguma vez trazer a paz. Finalmente, note que nada o pode afectar a Você que é pura Consciência e pura Paz.
e. A resistência é um pensamento ou sentimento que está a sempre a resistir a alguma coisa, seja um pensamento, sentimento, sensação, percepção, percepção, ou ação.
f. O Eu-objeto é formado quando existe identificação com resistência.
g. A desidentificação da resistência, e portanto do Eu-objecto, ocorrem quando existe a consciência disso.
h. Quanto mais você tem consciência da resistência, mais a transcenderá, e menos sofrerá.
16. Qual é a prática fundamental?
a. A prática fundamental é ir para o seu interior mental.
b. Quanto mais tempo passar no seu interior, mais compreenderá a sua verdadeira natureza, e melhor se sentirá.