terça-feira, 19 de julho de 2011

Quer saber? Eu adoro esse texto aqui

A seguinte passagem de “A razão e as formas do erro” resume otimamente o propósito do ego para o corpo – ver o mundo da forma e esconder o conteúdo da mente:

"Os olhos do corpo vêem apenas forma. Não podem ver além do que foram feitos para ver. E foram feitos para olhar para o erro e não para ver o que vem depois. A sua percepção é de fato estranha, pois só podem ver ilusões, estão impossibilitados de olhar além do bloco de granito do pecado, e param na forma exterior do nada. Para esta forma distorcida de visão, o exterior de todas as coisas, a parede que está entre tu e a verdade é totalmente verdadeira. Entretanto, como é possível que a vista que estaca diante do nada, como se o nada fosse uma sólida muralha, veja verdadeiramente? Ela é retida pela forma, tendo sido feita para assegurar que nenhuma outra coisa senão a forma seja percebida.

Esses olhos, que não foram feitos para ver, nunca verão, pois a idéia que representam não deixou aquele que a fez e é ele que vê através deles. Qual era a sua mente senão a de não ver? Para isso, os olhos do corpo são meios perfeitos, mas não para ver. Vê como os olhos do corpo repousam no exterior e não vão além. Observa como eles param diante do nada, incapazes de ir além da forma para o significado. Nada cega tanto quanto a percepção da forma. Pois ver a forma significa que a compreensão foi obscurecida" (T-22.III.5:3-14; 6).

Essa é apenas uma entre dúzias de passagens através de todo o Um Curso em Milagres que explicam como o corpo foi feito para ver sem enxergar, ouvir sem escutar, pensar sem pensar. Portanto, olhos que não vêem, ouvidos que não ouvem, cérebros que não pensam, pois foram feitos para perceber apenas o que o ego disse a eles para perceberem, e para pensar apenas o que foram programados a pensar – separação, pecado e culpa; em outras palavras, a olhar para o erro da forma e não ver através dele, divisando a mente.