domingo, 31 de janeiro de 2016
É INÚTIL...
Tem momentos que não há nada para dizer
nada para fazer
e até o silêncio já não me diz mais nada
toda essa tecnologia não me serve pra nada
Internet, tv, celular
pra quê?
não há como explicar isso
vocês nunca passaram por isso
não é mesmo?
é quando mergulho no vazio
lá no fundo
onde habita os meus pensamentos mais profundos
e os meus sonhos maiores
se houvesse uma poesia
que eu ainda não tenha lido
um poema perfeito
que pudesse me ler totalmente
e me levasse daqui
um poema melhor do que "Tabacaria"
uma pura poesia
acho que isso é cansaço
só pode ser cansaço
não tem explicação
dizem que esse mundo é tão bom
eu tenho certeza que tudo isso é passageiro
eu me considero mais complicado do que os seres humanos o são
já perdi a conta
de quantas pessoas eu salvei
as livrando de mim
de quantas pessoas eu perdi
para poder salvá-las
e a mim mesmo
se isso não é amor
eu não sei o que é amor
mas é sério
quando eu vi você
tua boca, teus cabelos
teu jeito de andar, de falar
e olhei nos teus olhos
eu viajei
eu fui ao planeta sonho
mas, eu voltei
eu nunca deveria ter voltado
para o planeta razão
e agora, parece que ainda tenho
mais tempo para viver
nesse vazio de você
nessa saudade
nessa ilusão
tem dias e noites
que não sei nem o que vou escrever
e até o silêncio se afastou de mim
teve uma época que eu realmente acreditei
que o amor era pra sempre
nunca foi e nunca será
se for,
pode ser muita coisa
mas não é amor
amor é sonho
e deve ser sempre sonhado
melhor sonhar a dois
do que sonhar separado
não sei o que dizer
toda palavra que eu conheço
já foi dita
você diz que não entende o que eu escrevo
e você tem toda razão nisso
é loucura querer descrever a nossa alma
eu sei que para quem é racional, lógico e coerente
é inútil e sem sentido essas palavras
eu sei
/pco
31.01.16
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
NOS ENCONTRAREMOS NO FIM DO MUNDO
Te encontro no fim do mundo
onde, finalmente, seremos felizes
onde o Oculto se revelará
e poderemos livremente
nos amar.
onde, finalmente, seremos felizes
onde o Oculto se revelará
e poderemos livremente
nos amar.
Te encontro no fim do mundo
onde a carência, o desejo, a paixão e o amor
se unificação em um só sentimento.
Até lá, seremos medo e sensações
a felicidade, apenas por um momento.
/pco
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
SER POETA HOJE
Vocês viram?
Eu li que a nova editora da revista Playboy está com dificuldades para encontrar uma MUSA para a capa da revista.
Por isso que é bom ser poeta. O poeta não precisa que sua musa fique nua ou seja um mulherão. Basta uma visão, de um rosto ou de um sorriso. Uma saia, um vestido, em movimento pela ação do vento.
Ou apenas um gesto puramente feminino, como por exemplo, ajeitar o cabelo. Às vezes até uma maneira "doce" e suave de falar, ou andar.
O poeta é um observador nato das sutilezas e delicadezas do mundo. Aquilo que normalmente passa despercebido das pessoas comum. Ele vive num mundo a parte, o mundo da arte, o mundo regido por Vênus.
Complicado isso. Parece "frescura", mas é frescor, frescor de uma brisa batendo na janela da alma.
Muitas vezes incompreendido, debochado, julgado e condenado. Confundido com seus vários "eus". Vivendo o conflito entre o "eu-lírico" e o "eu pessoal".
Um perfeito fingidor, sem dúvidas. Consegue fingir a própria dor que sente; tão perfeitamente, como disse Pessoa.
Nos dias de hoje ser poeta é ser solitário. É viver seu imaginário.
/pco
26.01.16
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
QUEM SOU EU?
Não tenho amigos
não que eu saiba
talvez amigos ocultos
vivo sozinho
cercado de gente
não faço mais planos
vivendo cada dia
com o que me aparece
não tenho vícios normais
álcool, fumo ou drogas
tenho outros
não sei quais
tenho sonhos
sonhos demais
eu escrevo e junto palavras
e depois de juntas
esse conjunto
eu dou o nome de poemas
meu corpo é quieto
mas tenho uma alma
muito inquieta
as coisas que acalmam minha alma são:
música
vinho e poesia
não gosto de barulho e multidões
me relaciono melhor com os animais
me sinto extremamente cansado
dessa Roda de Nascimentos e Mortes
sei que o mundo é uma ilusão
mas isso não resolve meu problema existencial
porque tenho nascido e vivido aqui há milhões de anos
não consigo ver televisão
não gosto de carnaval
às vezes, eu fico em frente ao espelho
me olho fixamente
olhos nos olhos
e pergunto: "quem sou eu"
nenhuma resposta até agora
continuo procurando
continuo perguntando
continuo escrevendo
bem, de qualquer forma
preciso agradecer
deve haver uma divina razão
para eu estar aqui
escrevendo sem conseguir dormir
devido as minhas vidas passadas
eu não posso ser um homem religioso
a Verdade me libertou
e acabei fazendo do meu coração
a minha igreja, o meu templo
eu sou um homem triste
com muitos momentos alegres
minha maior alegria e felicidade
nessa encarnação atual
são meu casal de filhos
é a única coisa da minha obra
de que me orgulho
eu sou um cara liberal, conservador e de centro-direita
acho que a família é a base de uma sociedade
não que eu saiba
talvez amigos ocultos
vivo sozinho
cercado de gente
não faço mais planos
vivendo cada dia
com o que me aparece
não tenho vícios normais
álcool, fumo ou drogas
tenho outros
não sei quais
tenho sonhos
sonhos demais
eu escrevo e junto palavras
e depois de juntas
esse conjunto
eu dou o nome de poemas
meu corpo é quieto
mas tenho uma alma
muito inquieta
as coisas que acalmam minha alma são:
música
vinho e poesia
não gosto de barulho e multidões
me relaciono melhor com os animais
me sinto extremamente cansado
dessa Roda de Nascimentos e Mortes
sei que o mundo é uma ilusão
mas isso não resolve meu problema existencial
porque tenho nascido e vivido aqui há milhões de anos
não consigo ver televisão
não gosto de carnaval
às vezes, eu fico em frente ao espelho
me olho fixamente
olhos nos olhos
e pergunto: "quem sou eu"
nenhuma resposta até agora
continuo procurando
continuo perguntando
continuo escrevendo
bem, de qualquer forma
preciso agradecer
deve haver uma divina razão
para eu estar aqui
escrevendo sem conseguir dormir
devido as minhas vidas passadas
eu não posso ser um homem religioso
a Verdade me libertou
e acabei fazendo do meu coração
a minha igreja, o meu templo
eu sou um homem triste
com muitos momentos alegres
minha maior alegria e felicidade
nessa encarnação atual
são meu casal de filhos
é a única coisa da minha obra
de que me orgulho
eu sou um cara liberal, conservador e de centro-direita
acho que a família é a base de uma sociedade
Eu tenho hoje a sensação estranha que não tenho o menor controle sobre a minha vida
eu acho que nunca tive
só que agora eu sei
além daquele cansaço que já falei
eu acho que nunca tive
só que agora eu sei
além daquele cansaço que já falei
Às vezes fico pensando nas pessoas que tive que ir deixando pelo caminho
é uma longo estrada
não a vida
mas a existência
essa busca das respostas
é uma longo estrada
não a vida
mas a existência
essa busca das respostas
"Quem sou eu?"
/pco
sábado, 23 de janeiro de 2016
ESTOU PRESO A POESIA
Vou liberar você
pois estou preso a poesia
quando sentir tua falta
eu leio uma lírica
ou faço um poema
daquele tipo
que você nunca entendeu
sem rima, lógica ou coerência
livre como eu
a ordem das árvores
não altera o passarinho
não posso ficar com alguém
que não gosta dos meus poemas
denotações
conotações
metáforas
paradoxos
um sentido tão figurado
isso foi sempre a minha vida
você tem muitas dúvidas
muito medo
muitas normas e regras
muitas certezas e verdades
você quer segurança na vida
faça calor ou faça frio
sol ou chuva
eu estou preso a poesia
vivo cada dia
como se fosse meu último dia
eu já fui salvo
você e o papa são limpos
e são santos
isso é bom para vocês
para mim nem tanto
às vezes eu fico como um vagabundo
pelas ruas, pela net
tentando trocar um poema
por um beijo ou um carinho
eu sou simples como a poesia
manso como um touro
minha única sofisticação
é o vinho
tua boca
foi minha única paixão
/pco
23.01.16
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
O EU POÉTICO E O AUTOR: DIFERENÇAS QUE OS DEMARCAM
LITERATURA
Precisamos estabelecer as diferenças que demarcam o eu poético e o autor, haja vista que o primeiro foi criado para expressar as ideias do segundo.
O texto poético deve apresentar características indispensáveis, tais como: subjetividade, emoção, lirismo, entre outras. Partindo desse princípio, levantamos um questionamento que se mostra relevante: haveria um ponto de contato, uma semelhança, enfim, uma afinidade, entre quem escreve (no caso, o autor) e o enunciador de um poema, ou seja, a voz que fala, que se expressa dentre desse?
Assim, analisemos as palavras de um renomado crítico, Yves Stalloni, fazendo referência à concepção do eu lírico:
[...] O lirismo é a emanação de um eu – que o romantismo gostava de confundir com a pessoa do poeta, mas que pode se apagar por detrás de uma de suas personagens.
STALLONI, Yves. Os gêneros literários. Rio de Janeiro: Difel, 2001, p. 151.
Por meio delas, dá-se a entender que não podemos confundir tais elementos, haja vista que autor é quem cria, notadamente, e o eu poético representa um ser criado para expressar as emoções intuídas pela autoria do poema.
Vejamos agora uma das criações de Carlos Drummond de Andrade, na qual se evidenciam traços de afinidade entre autor e eu poético, embora distintos pelas suas características:
Vejamos agora uma das criações de Carlos Drummond de Andrade, na qual se evidenciam traços de afinidade entre autor e eu poético, embora distintos pelas suas características:
Confidência do itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
Como é sabido por todos nós, o autor nasceu realmente em Itabira, no entanto, a voz que expressa dentro do poema necessariamente assume outro perfil, outra identidade – eis o fato de estabelecermos tal distinção.
Vânia Duarte
Graduada em Letras
Graduada em Letras
“...o objetivo da poesia (e da arte literária em
geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que de fato aconteceu, mas
sim o verossímil, o verdadeiro que pode acontecer, considerado na sua universalidade.”
SILVA, Vitor M. de A. Teoria da literarura. Coimbra:
Almedina, 1982.
Verossímil. 1 Semelhante à verdade; que parece
verdadeiro. 2. Que não repugna à
verdade, provável.
A ARTE LITERÁRIA
LITERATURA
A arte literária é concebida com a arte da palavra,
materializada pela expressão do pensamento do artista seguindo as vivências
relativas a cada época, a cada momento.
O que é arte?
“ Arte é uma
maneira de dizer para os outros como você vê as coisas, os fatos, o mundo...,
ou até eles mesmos”.
“Arte é
expressão”.
O que é literatura?
“Arte literária é mimese (imitação); é a arte que
imita
pela
palavra.”
(Aristóteles,séc.IV a.C.)
“A
Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade
recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para
as formas, que são os gêneros,e com os quais ela toma corpo e realidade”.
(Afrânio Coutinho, 1978)
“ A Literatura é a linguagem carregada de
significado”.
(Ezra Pound)
Teoria Literária - Gêneros Literários
Definição: Conjuntos de elementos semânticos,
estilísticos e
formais utilizados pelos autores em suas obras, para
caracterizá-las de acordo com a sua visão da
realidade e o público a
que se destinam.
Divisões:
Lírico: sentimental, poético
Épico: revela fatos históricos, heróicos e
mitológicos, verso.
Narrativo: envolve personagens e seus atos, prosa
Dramático: teatral, verso ou prosa
Gênero Lírico: é a manifestação literária em que
predominam os aspectos
subjetivos do autor. É, em geral, a maneira de o
autor falar consigo mesmo ou
com um interlocutor particular (amigo, amante,
fantasia, elemento da natureza,
Deus...). É escrito em 1ª pessoa do singular.
Texto:
Súplica cearense
“Oh! Deus, perdoe esse pobre coitado
que de joelho rezou um bocado
pedindo pra chuva sem para.
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
e só por isso o sol se arretirou
fazendo cair toda chuva que há. [...]”
- Gordurinha e Nelinho
Gênero Épico: apresenta-se estruturalmente em forma
de verso e,
apresenta uma sequência narrativa de fatos ocorridos
no passado,
com predomínio em 3 ª pessoa. O narrador fala do
passado.
Os Lusíadas
Canto 2 Estrofe 25
Em vendo o mensageiro, com jucundo
Rosto, como quem sabe à língua hispana,
Lhe disse: - Quem lhe te trouxe a estouro mundo,
Tão longe da pátria lusitana?
Abrindo, lhe responde, o mar profundo
Por onde nunca veio gente humana;
Vimos buscar do Indo a grão corrente,
Por onde a lei divina se acrescente.
Gênero Narrativo: se origina do épico, no qual se
enquadram as
narrativas em
prosa, são elas o conto, a crônica, a novela e o
romance.
Narrativas curtas:
Conto
Crônica
Novela
Narrativas Longas:
Romances
Gênero Dramático: pode ocorrer em verso ou em prosa,
tendo a
intenção
clara de ser encenado, ou mesmo, representado em atos
dramaturgia
dando vida aos personagens.
Pode ser:
Tragédia;
Comédia;
Drama;
Auto.
Teoria Literária - Recursos Literários:
Versificação: é o estudo de recursos musicais
utilizados na construção de textos poéticos.
De
acordo com o número de verso as estrofes podem ser:
Monóstico;
Dístico;
Terceto;
Quadra ou quarteto;
Quintilha;
Sexteto ou sextilha;
Sétima ou septilha;
Oitava;
Nona;
Décima.
História da Literatura - Escolas Literárias:
Painel Cronológico
BRASIL
Era Colonial
Escritos de Formação* (séc. XVI)
Escritos de Informação* (séc. XVI)
Barroco (séc. XVII)
Neoclassicismo-Arcadismo (séc. XVIII)
Era Nacional
Romantismo (séc. XIX - 1ª metade)
Realismo/Naturalismo/Parnasianismo/
Simbolismo (séc. XIX - 2ª metade)
Pré-Modernismo* (início do séc. XX)
Modernismo (séc. XX)
- 1ª Geração (1922 - 1930)
- 2ª Geração (1930 - 1945)
- 3ª Geração (1945 - ?)
Um tipo de poesia que gosto de fazer:
Poesia Sátirica
Cantiga de Escárnio
Presença de crítica indireta, na qual, a pessoa
satirizada não é identificada;
Linguagem trabalhada;
Ocorre presença de ironia.
domingo, 17 de janeiro de 2016
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
- “[...] a poesia é o que nos aproxima de nossa morte, pois finca raízes em nossa carne, pondo-nos também em questão. Quando isso acontece, o mundo deixa de ser a realidade estável do senso comum para se mostrar como paisagem de instabilidade. Pois a realidade não é estável, e sua mobilidade é o mistério que nos toma sempre inesperadamente, restando-nos o abismo” (1).
- Referência:
- (1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 60.
- "A poesia nunca foi privilégio exclusivo do poema. Ela sempre esteve e estará nos lugares mais diversos. A própria ciência, enquanto linguagem e não simplesmente na sua ostensiva dimensão semântica, guarda a poesia. O cientista tem que ser poeta, isto é, fundador, para ser cientista". (1)
- Referência:
- (1) PORTELLA, Eduardo. “Limites ilimitados da teoria literária”. In: PORTELLA, Eduardo (org.). Teoria Literária. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976, p. 17.
- "As palavras '...poeticamente o homem habita...' dizem muito mais. Dizem que é a poesia que permite ao habitar ser um habitar. Poesia é deixar-habitar, em sentido próprio. Mas como encontramos habitação? Mediante um construir. Entendida como deixar-habitar, poesia é um construir"(1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel e Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 167.
- O eu-lírico é um conceito abstrato-formal inexistente, a que nenhuma realidade corresponde. Quando num poema fala um eu, se o poema é verdadeiro, este será sempre fala da poesia. Jamais será fala do poeta ou um formal e abstrato eu-lírico. É o eu-concreto da poesia manifestando-se no poeta e nos leitores que verdadeiramente têm o poema da poesia. O poeta ou o leitor fala, mas quem diz é a poesia. Um poema é verdadeiro quando é esse dizer concreto da poesia.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
UMAS E OUTRAS
Algumas pessoas falam muito
outras falam muito pouco
umas gritam
outras silenciam
umas comem muito
outras bebem muito
normalmente quem come muito
bebe pouco
e vice-versa
eu escolhi escrever
o que vem em meus pensamentos
as pessoas são diferentes
mas eu não sou o que escreve
fala ou se cala
eu sou o que sonha
o que sente saudades
eu me lembro de cada amor que tive
de cada desamor também
de cada sonho
como eu sei que era amor?
eu não sei
eu sinto
há pessoas que nunca mais verei nessa vida
mas nunca esqueci
eu me sinto como um trem
em movimento
origem e destino
pessoas entram e saem nas estações
eu não sei quem vai comigo até o ponto final
a última estação
há pessoas que são reencontros
e há encontros que são momentos
mas eu não me engano
eu não me iludo mais (será?)
eu sei que vou perder todo mundo
para reencontrar não sei quando
em algum lugar
outras falam muito pouco
umas gritam
outras silenciam
umas comem muito
outras bebem muito
normalmente quem come muito
bebe pouco
e vice-versa
eu escolhi escrever
o que vem em meus pensamentos
as pessoas são diferentes
mas eu não sou o que escreve
fala ou se cala
eu sou o que sonha
o que sente saudades
eu me lembro de cada amor que tive
de cada desamor também
de cada sonho
como eu sei que era amor?
eu não sei
eu sinto
há pessoas que nunca mais verei nessa vida
mas nunca esqueci
eu me sinto como um trem
em movimento
origem e destino
pessoas entram e saem nas estações
eu não sei quem vai comigo até o ponto final
a última estação
há pessoas que são reencontros
e há encontros que são momentos
mas eu não me engano
eu não me iludo mais (será?)
eu sei que vou perder todo mundo
para reencontrar não sei quando
em algum lugar
Eu tenho me esforçado muito
para não fingir o que não sou
como posso ser teu complemento?
se sou tão incompleto
"o amor vem de noite
vai de dia"
é assim que dizia o poetinha
nós só temos esse momento agora
para não fingir o que não sou
como posso ser teu complemento?
se sou tão incompleto
"o amor vem de noite
vai de dia"
é assim que dizia o poetinha
nós só temos esse momento agora
/pco
14.01.16
14.01.16
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
SOBRE A MINHA IMATURIDADE
Eu não atribuo ao mundo a culpa dos meus problemas.
Primeiro porque não tenho problemas.
E segundo porque não existe mundo.
Eu não acredito em políticos, padres, pastores, sacerdotes e psicólogos.
Eu acredito em mim.
"Eu e o Pai somos Um."
Primeiro porque não tenho problemas.
E segundo porque não existe mundo.
Eu não acredito em políticos, padres, pastores, sacerdotes e psicólogos.
Eu acredito em mim.
"Eu e o Pai somos Um."
No momento eu só preciso me libertar da Internet, do Facebook, do Whatsaap e dos e-mails.
Mas, no momento o mais grave é libertar-me do meu amor por você.
É isso que me torna imaturo e poético.
É isso que você não compreende.
Eu preciso deixar você partir aqui de dentro de mim.
Mas, eu sei que sou meu próprio carcereiro.
Estou plenamente consciente do meu erro.
Mas a liberdade tem hora para acontecer.
Eu tenho um Guia.
E Ele não vive só nas igrejas.
Ele está em todos os lugares onde estou.
Ele anda comigo.
Ele fala comigo o tempo todo.
Ele fala de paciência e tolerância.
Mas, no momento o mais grave é libertar-me do meu amor por você.
É isso que me torna imaturo e poético.
É isso que você não compreende.
Eu preciso deixar você partir aqui de dentro de mim.
Mas, eu sei que sou meu próprio carcereiro.
Estou plenamente consciente do meu erro.
Mas a liberdade tem hora para acontecer.
Eu tenho um Guia.
E Ele não vive só nas igrejas.
Ele está em todos os lugares onde estou.
Ele anda comigo.
Ele fala comigo o tempo todo.
Ele fala de paciência e tolerância.
Não me julgue um fracassado
Como os obsessores em corpos dos outros já tentaram mais de uma vez.
O verdadeiro sucesso não é dinheiro, status ou poder.
Só é vencedor aquele que venceu a si mesmo.
Como os obsessores em corpos dos outros já tentaram mais de uma vez.
O verdadeiro sucesso não é dinheiro, status ou poder.
Só é vencedor aquele que venceu a si mesmo.
/pco
11.01.16
11.01.16
domingo, 10 de janeiro de 2016
EU NUNCA DISSE ADEUS
Eu nunca disse adeus
porque tua boca
e teus olhos
nunca me abandonaram
mas, você casou com deus
eu ainda sou humano
meu fanatismo não é religioso
meu fanatismo é você
você será salva
e irá para o teu céu
eu me queimarei
no calor do teu corpo
eu não sou um "escolhido"
e também não escolhi você
eu não falo de Deus
porque sou tímido
religião é "religare"
eu nunca
em nenhum momento
eu disse:
"adeus"
eu digo: "eu e você somos três"
eu faço poemas
como quem vai a praia
num dia de sol
de quarenta graus
eu faço poemas
como quem vai a igreja
a missa, ao culto
e sai de lá salvo
e "santo"
/pco
10.01.16
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
CONDENAÇÃO E LIBERDADE
Acordei pensando em você
pensei em te fazer um poema
de amor
mas não sei fazer poemas
de amor
o que posso mais dizer
se nenhuma palavra
escrita ou falada
me faz te esquecer
fui condenado assim
gostar de quem não gosta de mim
mas minha pena não é perpétua
serei libertado por bom comportamento
dormi pensando em você
pensei em te fazer um poema
de amor
mas não sei fazer poemas
de amor
o que posso mais dizer
se nenhuma palavra
escrita ou falada
me faz te esquecer
fui condenado assim
gostar de quem não gosta de mim
mas minha pena não é perpétua
serei libertado por bom comportamento
dormi pensando em você
03.01.16
/pco
/pco
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