Completar 60 anos e entrar oficialmente no
seleto time dos “idosos" com saúde e cada vez mais consciente me soa como uma vitória e me sinto bem com esse
sentimento. Uma vitória não só contra o tempo, mas também contra eu mesmo e meu
ego, com quem travo uma batalha diária, horária, instante a instante.
Não espero nada desse mundo da
ilusão e das pessoas, o que vier eu danço. A diferença agora é que hoje danço
sem me importar muito com que música está tocando ou quem dança comigo. Não reclamo mais do baile da vida. A orquestra não é minha e não paguei nada para entrar, quando dei por mim, estava dentro sem direito a sair, a não ser quando o baile acabar.
E tem gente de todo tipo aqui. Nesse baile da vida. A maioria dança uma música que nem está tocando.
Nunca esqueço das palavras que li
um dia de um místico que dizia que existem dois tipos de neuróticos, os que
vivem do passado e os que vivem do futuro, só o presente existe.
Sessenta anos é o meu presente.
©19-05-2014 Paulo Cesar de
Oliveira