JALAL UD-DIN RUMI
(1207-1273)
(1207-1273)

Quem faz essas mudanças?
Disparo uma flecha à direita
Cai à esquerda.
Cavalgo atrás de um veado e me encontro
perseguido por um porco.
Conspiro para conseguir o que quero
e termino na prisão.
Cavo fossas para apanhar os outros
e me caio nelas.
Devo suspeitar
do que quero.
Toma a um que não leva suas contas
Que não quer ser rico, nem tem medo a perder
Que não tem interesse algum em sua personalidade: é livre.
Lá fora, além de idéias de bem ou mal, há um lugar
Nos vemos lá.
Quando a alma jaz sobre a erva
O mundo está demasiado cheio para falar dele
As idéias, a linguagem, inclusive a frase 'cada um'
não tem sentido.
Que não quer ser rico, nem tem medo a perder
Que não tem interesse algum em sua personalidade: é livre.
Lá fora, além de idéias de bem ou mal, há um lugar
Nos vemos lá.
Quando a alma jaz sobre a erva
O mundo está demasiado cheio para falar dele
As idéias, a linguagem, inclusive a frase 'cada um'
não tem sentido.
Se pudesses liberar-te, por uma vez, de ti mesmo,
o segredo dos segredos se abririam a ti.
O rosto do desconhecido, oculto além do universo,
apareceria no espelho de tua percepção.
Em realidade, tua alma e a minha são o mesmo.
Aparecemos e desaparecemos o um com o outro.
Este e o verdadeiro significado de nossas relações.
Entre nós, já não há nem tu nem eu.
O vale é diferente, por cima de religiões e cultos.
Aqui, em silêncio, baixa a cabeça.
Funde-te na maravilha de Deus.
Aqui não há lugar para religiões nem cultos.
Há uma Alma dentro de tua Alma. Busca essa Alma.
Há uma jóia na montanha do corpo. Busca a mina desta jóia.
Oh, sufi, que estás de passagem!
Busca dentro, se puderes, e não fora.
No amor, não há alto nem baixo,
má conduta nem boa,
nem dirigente, nem seguidor, nem devoto,
só há indiferença, tolerância e entrega.
o segredo dos segredos se abririam a ti.
O rosto do desconhecido, oculto além do universo,
apareceria no espelho de tua percepção.
Em realidade, tua alma e a minha são o mesmo.
Aparecemos e desaparecemos o um com o outro.
Este e o verdadeiro significado de nossas relações.
Entre nós, já não há nem tu nem eu.
O vale é diferente, por cima de religiões e cultos.
Aqui, em silêncio, baixa a cabeça.
Funde-te na maravilha de Deus.
Aqui não há lugar para religiões nem cultos.
Há uma Alma dentro de tua Alma. Busca essa Alma.
Há uma jóia na montanha do corpo. Busca a mina desta jóia.
Oh, sufi, que estás de passagem!
Busca dentro, se puderes, e não fora.
No amor, não há alto nem baixo,
má conduta nem boa,
nem dirigente, nem seguidor, nem devoto,
só há indiferença, tolerância e entrega.
Jalal ud-Din Rumi (1207-1273) é o maior dos poetas místicos islâmicos. Nasceu no atual Afeganistão, passou por Irã e viveu e morreu em Konia, Turquia. Era um erudito professor de teologia, esforçado em seus exercícios espirituais. Sua vida mudou quando se encontrou com a figura misteriosa e fascinante do monge errante Shams de Tabriz. Como se diz na tradição sufí, foi «um encontro entre dois oceanos». Esse mestre misterioso iniciou a Rumi na experiência mística do amor, e em sua companhia faz realidade a verdade de seu ser. Seu agradecimento foi tão grande que lhe dedicou todo um livro de 3.239 versos, o Divan de Shams de Tabriz.