terça-feira, 18 de março de 2014

DIZEM MAS NÃO PROVAM



Eu não sei se isso é uma crônica, um texto qualquer, ou outra coisa qualquer
Para simplificar as coisas costumo chamar tudo de “poemas”
Nunca fui muito bom nessa coisa de dar nome as coisas
Costumo até esquecer os nomes das pessoas
Mas vou escrevendo, tentando colocar aqui na tela meus pensamentos desse dia
Tenho o hábito adquirido de acordar cedo, ligar o computador e ler as notícias nos jornais virtuais online
Tenho a impressão que isso acabou virando um vício, um mal hábito
Talvez melhor do que um mal hálito
Mas acho que faço isso (ler os jornais logo depois que acordo) para acabar logo com meu dia antes dele começar
Acho que isso é autoflagelo, autofagia
Então, como eu estava dizendo, só tem notícias ruins, violência, hipocrisias, mentiras, etc
Raramente vejo televisão, não consigo mais
De vez em quando ainda tento ver as notícias do país e do mundo no tal Jornal Nacional
Nunca consigo terminar de ver, desligo antes do fim, nem chego na metade
Às vezes levanto de madrugada, perco o sono e penso em você
Às vezes faço um poema pensando em você
Às vezes faço um poema pensando na vida
Às vezes não faço nada, acordo de madrugada
E deito na rede na varanda e fico olhando para o céu
E vendo mais um dia de sol nascer
Nesses dias, acordo antes do sol
A rede é o meu símbolo de poder
E os felinos (gatos, onças, tigres, leopardos) meus animais de poder
Desde a época que morava no Egito Antigo
Nessa época, eu acordava cedo também
Só para ver Cleópatra tomar banho

“Dizem que sou louco
Por ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim”

Dizem, mas não provam


pco/.