A LONGO-PRAZO
A longo- prazo estaremos mortos
Por isso olho o teu olhar
Sorrio o teu sorriso
Não sei quando será o longo-prazo
Eu não ficarei por aqui
Tenho que partir
Mas deixo o sinal da minha presença
Meus poemas
Levo comigo para onde for
A tua imagem e a tua lembrança
Não é muito para um homem ambicioso por ti
Mas o mínimo suficiente para me ajudar a chegar
O tempo tem apagado os meus sonhos
Ainda ouço, sussurrando nos meus ouvidos
Aquela velha canção do Belchior:
“Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele
seja
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a
alma deseja”
Pego a estrada da vida cantarolando a canção:
“Esconde um beijo para mim dentro das dobras do
teu blusão”
/pco