quinta-feira, 15 de janeiro de 2015


O POETA É IMORTAL

Que tipo de animal, afinal, é o ser humano? 
Em 6.000 anos será que em algum momento,
esse animal humano teve paz nesse planeta?
Em algum momento ele soube o que estava fazendo aqui?
Nascer, crescer, matar e morrer, sem saber o que é,
sem saber para onde vai e sem saber de onde veio.
Podemos crer ou não crer em Deus,
ser religioso, ateu, agnóstico ou não.
isso não altera essas minhas indagações.
Pois tudo é oculto e misterioso.
Não perguntar ou silenciar ou fugir dessas perguntas,
também não altera nada, 
as perguntas continuam sem respostas.
Vai morrer o pobre e o rico.
O opressor e o oprimido.
A oposição e a situação. 
Os que falam e perguntam, questionam
e os que silenciam e se escondem das perguntas.
Vai morrer os que estão aí e os que não etão nem aí.
Os que amam e os que odeiam.
Os que casaram por amor,
e os que casaram por conforto, segurança e dinheiro.
Todos morrerão.
Os que vivem, os que pensam que vivem.
Os que trabalham e os vagabundos.
Os hétero e os homo.
Os negros, brancos, amarelos e vermelhos.
Vão morrer também os que escrevem.

Só não morre aqueles que fazem poemas.
Pois esses já morreram.
E sua obra poética é o seu atestado de óbito.
Se você não entende a vida e a morte,
Como pode entender um poema ou um poeta?

pco/.
15.01.2015