sexta-feira, 29 de novembro de 2013


Fodê-la era o seu sonho 
recorrente.
Extasiado,
pensava na maravilha
de poder ainda um dia
gozar tamanha ventura.
E assim, mal acordava
voltava a dormir sorrindo
envolto na fantasia
de sonhar a alegria
que em vida nunca teria.
Em vão a fome e a sede
o chamaram à razão.
Morreu abraçado ao sonho
num sossego de ilusão.
Despeço-me com a convicção que sonhos destes 
valem a morte que trazem.