Estou realmente muito impressionado e feliz com os vídeos de Jiddu Krishnamurti que tenho assistido no Youtube (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=k-0LxYgsESE). Desde o UCEM há 11 anos atrás não tinha lido ou ouvido algo tão significativo, tão revelador, tão esclarecedor.
Transcrevi um trecho do vídeo que lhes passei ontem. Mas hoje estou assistindo outro que tem mais de uma hora de duração.
"Não importa se é cristianismo, o hinduismo, budismo ou o Islã, as religiões são baseadas no pensamento. Portanto, o que quer que o pensamento tenha criado não é sagrado. Todos os rituais, todas as coisas que decorrem disso, em nome de Deus, em nome de qualquer outra coisa, isso não é sagrado".
Meus comentários: Se vocês já assistiram ao vídeo que lhes passei, J.K. fala das religiões depois que fala dos pensamentos que ele diz que "o pensamento é algo contaminado, o pensamento é muito limitado porque nasce do conhecimento, da memória, da experiência...O pensamento está condicionado pelo conhecimento o qual, nunca, jamais, é completo em qualquer circunstância...". E as religiões, então, são baseados em algo contaminado, os pensamentos.
Essa questão dos rituais não só na religiões, mas também em doutrinas, escolas iniciáticas, de auto conhecimento, tipo Rosacruz, Maçonaria, Seicho-No-Ie, etc, sempre me pareceram um tipo de espetáculo visual realizado para atrair os simpatizantes. É bonito, os cincos sentidos humanos, principalmente a visão, gostam disso, já participei de muitos no passado. Mas, os ensinamentos do UCEM me mostraram que a mudança, a transformação, o sagrado, se passa na mente, na mente certa, portanto é mental. E agora J.K. me confirma o UCEM. Ou o UCEM ratifica J.K.
Continuando com J.K.:
"Os ensinamentos de Jesus ou Buda, eles foram impressos e traduzidos pelo homem para se ajustar. Alguns dele são chamados de revelações no cristianismo, e no budismo há os ensinamentos deixados por Buda aos seus discipulos e assim por diante. Mas ainda assim não é uma percepção direta, um insight vital naquilo que é eterno. A palavra, o livro, o que quer que seja impresso, não é a coisa real. É apenas um meio de comunicação entre pessoas que viram algo e querem comunicar aos outros. E durante essa comunicação há distorções e a pessoa que comunica torna-se importante e não aquilo que foi comunicado..."
Meu Comentário: Para nós do Ocidente vou pegar o caso de Jesus que é mais fácil. "...a pessoa que comunica torna-se importante e não aquilo que foi comunicado". Perfeito! Maravilhoso! Exatamente isso que aconteceu no cristianismo. Deram valor ao corpo de Jesus, a morte de Jesus, a crucificação de Jesus, o sofrimento, etc. E ignoraram a Mente de Jesus, a Mente Crística, os ensinamentos, o Amor ao próximo, o fato de que todos são filhos de Deus e não só Jesus (distorção). Em resumo criaram idolos, santos, etc...
J.K. - "Isso é as igrejas. Elas institucionalizam os grandes instrutores, os grandes líderes, os grandes visionários, e distorcem.
Nós temos que ser a luz de nós próprios e de maneira alguma podemos depender de alguém. Você não pode ter a luz do outro. Você não pode ser guiado por quem quer que seja, deus, salvadores ou budas. Não se pode entregar essa tarefa a outro. Deve-se ser completamente, totalmente, uma luz para si próprio.
Ser a luz para si próprio não é ser egocêntrico, pelo contrário, significa entender a si mesmo tão completamente, que nesse entendimento não existe distorção do que a pessoa é.
Cada homem é a história da humanidade. E se você sabe como ler a si próprio, a história de si próprio, que é muito complexa, que requer uma grande quantidade de atenção, uma mente que não distorça os fatos, do que ela realmente vê. Uma tal atenção, uma consciência atenta e sensível, então podemos ler a nós mesmos sem nenhuma ilusão"
Comentários: Não há muito o que comentar aqui. Comentar o quê agora? Se comentar estraga, não é mesmo. Mas, mesmo assim, correndo esse risco, vou apenas dizer que, mais uma vez, J.K. ratifica uma percepção minha. Os mestres foram únicos e insubstituíveis e seus seguidores, e as igrejas, templos, e tudo mais que criaram distorceram muita coisa.
Os mestres mostraram o caminho, mas eles não podem fazer esse caminho por nós, eles não pode nos salvar de nós mesmos. Isso aqui é muito verdadeiro para mim:
"Nós temos que ser a luz de nós próprios e de maneira alguma podemos depender de alguém. Você não pode ter a luz do outro. Você não pode ser guiado por quem quer que seja, deus, salvadores ou budas. Não se pode entregar essa tarefa a outro. Deve-se ser completamente, totalmente, uma luz para si próprio."
Fiquei pensando...E o Espírito Santo? Como fica nessa história aqui? O Espírito Santo não pode me ajudar? Vou perguntar a Ele, se ele me responder eu vos digo.
(Paulo Cesar de Oliveira)