sexta-feira, 18 de novembro de 2011

RECEITA PARA SE FAZER UM POLÍTICO

 Lhe contarei uma história.

Aconteceu em Nova Delhi. Lula, Dilma e Sarney estavam visitando a Índia e saem para um passeio matutino.

Uma criança pequena está sentada à frente de sua casa brincando quando o reverendo Lula vai até a criança e diz: "Oi, filhinho, o que você está fazendo?".

O pequeno menino diz: "Misturando merda com areia".

Um pouco surpreendido, Lula pergunta: "E o que está fazendo?".

O menino responde: "Lula".

Isso transtorna muito Lula, e ele fica parado ao lado, murmurando consigo mesmo. A presidente Dilma , vendo Lula tão abatido, pergunta: "O que está acontecendo?".

"É que", diz Lula, " aquela criança desagradável está sentada ali misturando merda com areia e fazendo um Lula."

Bem no fundo, Dilma se sente muito feliz e pensa: "A criança deve ser do PSDB!". Mas para Lula ele diz: "Espere, eu vou falar com a criança". Ele alcança a criança e diz: "Conte-me, menino, o que está fazendo?".

"Misturando merda com areia."

"E o que está fazendo?"

"Dilma."

Agora, é claro, ambos estão abalados e parados ao lado, dizendo como aquela criança é desagradável.

Então Sarney diz a eles: "Olhem, vocês precisam aprender algo sobre a psicologia da criança. Eu sou mais velho que vocês dois — e, a propósito, eu sei mais sobre urina e assuntos associados do que qualquer outra pessoa no mundo. Deixe-me ir até a criança".

Lá no fundo, ele se sente muito feliz porque a criança parecia ser uma seguidora da política hindu de não-alinhamento, nem com a América nem com a Rússia; neutralidade. "Agora vejam o que acontece quando eu vou até a criança".

Assim, Sarney se encaminha até ela, estufa o peito como sempre faz e, de modo arrogante, como só um senador do Brasil pode caminhar, ele vai até a criança e diz: "Oi, pequeno menino. Exatamente o que você está fazendo?".

"Misturando merda com areia", vem a resposta.

"Eu aposto que sei o que você está fazendo", diz Sarney. "Eu aposto que você está fazendo Sarney."

"Oh, não", diz o menino tristemente. "Eu não tenho bastante merda para isso."

(Adaptado por Paulo Cesar de Oliveira de uma história de Osho, em "A Revolução: Conversas Sobre Kabir).