sábado, 17 de abril de 2010

O DIA QUE MINHAS TORRES GÊMEAS CAÍRAM


Cheguei a conclusão que a única verdade que temos é a nossa experiência particularmente vivida, tudo o mais, sejam crenças, religiões, preferências políticas partidárias, times de futebol, etc..., são adquiridas de terceiros. Vou contar uma história que aconteceu comigo e tornou-se uma experiência para mim e uma verdade.

No ano de 2001, precisamente no dia 11 de setembro de 2001, eu estava dentro de um ônibus urbano na minha cidade do Rio de Janeiro a caminho de um encontro com uma pessoa que não conhecia pessoalmente, mas que havia falado com ela e marcado aquele encontro no dia anterior por telefone. Era uma senhora, naquela época com cerca de 65 anos. Ela ia me apresentar um ensinamento, digamos espiritual, chamado "Um Curso Em Milagres".

Eu havia ouvido falar desse livro (trata-se de um livro, ditado por Jesus a partir de 1962 para a médica americana Helen Shucman) através de uma amiga que tinha assistido uma palestra em Niterói-RJ e me dado um pequeno livrinho resumo do assunto que me encantou e me interessou muito, pois entre outras coisas, li ali coisas que nunca havia lido antes na minha busca. Interessante, pois me lembro que comecei a ler o pequeno livrinho resumo numa feira de exposições de artesanato e esoterismo num famoso colégio em Niterói chamado Instituto Abel. Ali estava eu, sentado ao lado da minha amiga na sua barraca de exposição na feira.

Mas voltando ao meu encontro com a Maria Thereza no Rio alguns dias depois de ter lido o livrinho. Quando eu estava dentro do ônibus, quase chegando ao meu destino, o bairro de Laranjeiras, percebi que as pessoas que iam entrando no ônibus estavam agitadas, inquietas e comentavam com outras um acontecimento trágico ocorrido horas ou minutos antes, ou seja, o atentado terrorista as Torres Gêmeas em Nova York, o maior acontecimento terrorista que o mundo presenciou até hoje.

Aos poucos a agitação tomou conta não só dentro do ônibus como também lá fora e podia ser percebido pela janela. Me lembro que o primeiro pensamento que me ocorreu na medida em que tomava conhecimento dos detalhes do ocorrido era a eminência da Terceira Guerra Mundial.

Foi nesse clima que desci daquele ônibus e caminhei alguns metros ao encontro daquela que iria me iniciar no Curso (Um Curso Em Milagres). O local do encontro era a portaria de um prédio onde a Maria Thereza iria ministrar uma espécie de aula de apresentação do Curso. Poucos minutos depois avistei uma pequena senhora de pequena estatura, cerca de 1,6om, cabelos brancos e um pouco gordinha, que veio ao meu encontro e se apresentou. Eu estava agitado devido ao acontecido e tudo e todos em minha volta também estavam, as pessoas comentando a tragédia. Havia uma energia de medo e pânico no ar.


Feito as apresentações de praxe, rapidamente comentei com a Maria Thereza o ocorrido, cuja resposta me deixou perplexo e surpreso: Ela disse que "aquilo não tinha acontecido e que era apenas uma ilusão".

Nesse momento eu pensei, meu Deus! Com que tipo de doido ou doida estou me metendo agora?

Bem, não demorou muito tempo, talvez um ano ou até menos para saber que minha amiga Maria Thereza tinha razão. Não só aquele fato é uma ilusão como todo esse mundo que vivemos ou achamos que vivemos é uma ilusão. A medida que fui me aprofundando no estudo do Livro (Curso) fui percebendo, entendo e assimilando a realidade dessa ilusão.

Embora eu já tivesse lido e estudado através do Budismo que o mundo é "maya", ilusão; ainda não tinha aceito e entendido o porquê. Agora sei.

Nunca mais fui o mesmo desde esse dia 11 de setembro de 2001 até hoje. Nunca abandonei os ensinamentos do Livro. Também nunca mais encontrei algo, algum ensinamento sequer parecido. Somente um Mestre como Jesus, como Porta-Voz do Divino Espírito Santo, poderia escrever o que li nesse livro. Sei que não posso passar essa experiência totalmente pessoal para vocês, leitores e leitoras, muito menos explicar com palavras o porquê que esse mundo não existe, é ilusão. Mas assim mesmo, me arrisco a escrever essa história pessoal por GRATIDÃO, por GRATIDÃO e PERDÃO. Nada mais.

(Paulo Cesar de Oliveira - 18.04.2010)