sexta-feira, 30 de abril de 2010

FLORES EM VOCÊ

"Nesta vida passageira,
Eu sou eu,
Você é você.
Isso é o que mais me agrada.
Isso é o que me faz dizer.
Que vejo flores em você.

Quero viver meu presente,
e esquecer o passado..."

(Ira)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Andei por ai
Pra saber quem eu sou
Do bem ou do mal.
Fiz amor com você.
Ainda faço.
Mas você não me viu.
Mas eu ainda te toco.
Mesmo que só em pensamentos.

( © Paulo Cesar de Oliveira, 2010 )

DESCOBRI QUE MEU CORAÇÃO NÃO ME PERTENCE MAIS

Já tinha algum tempo que não fazia um poeminha. Que tal esse aí embaixo:

Descobri que meu coração não me pertence mais.
Talvez nunca tenha me pertencido.
Amo e sou amado dentro de um sonho perfeito.
Vivendo num mundo imperfeito.
Sim, uma grande ilusão.
Porém nem por isso menos belo e maravilhoso.

Se eu te amasse de verdade,
E você a mim.
Eu não estaria aqui agora.
Estaria com você,
Simplesmente te amando.

Mas o sonho sempre volta.
Como o sol que nasce todos os dias,
Embora nem sempre possa ser visto.
Como um novo dia.
Uma nova ilusão.
Um novo amor.
Uma nova paixão.

Como o rio que se vai,
Eu fico aqui.
Ainda com os olhos molhados,
Esperando desaguar num mar.
Num encontro das águas.
Meu rio de paixão,
Em um mar de amor.
Doce ilsuão!


© Paulo Cesar de Oliveira, 28.04.2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

A CANÇÃO ESQUECIDA


"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.."
(Clarice Lispector)
Os cegos se acostumam a seu mundo por meio de seus ajusta­mentos a ele. Pensam que conhecem o seu caminho dentro dele. Eles o aprenderam não através de lições alegres, mas devido à dura necessidade de limites que acreditaram não serem capazes de superar. E ainda acreditando nisso, gostam dessas lições e prendem-se a elas porque não podem ver. Não compreendem que essas lições os mantêm cegos. Nisso eles não acreditam. E assim mantêm o mundo que aprenderam a “ver” em suas imaginações, acreditando que a sua escolha é essa ou nenhuma. Eles odeiam o mundo que aprenderam através da dor. E pensam que todas as coisas que estão nesse mundo servem para lembrá-los de que são incompletos e amargamente destituídos.
Assim definem as suas vidas e onde vivem, ajustando-se a elas como pensam que devem, com medo de perder o pouco que possuem. E assim é com todos os que vêem o corpo como tudo o que têm e tudo o que os seus irmãos têm. Eles tentam alcançar uns aos outros e falham e falham outra vez. E ajustam-se à solidão, acreditando que manter o corpo é salvar o pouco que têm. Escuta e tenta pensar se te lembras do que vamos falar agora.
Escuta, talvez possas captar um indício de um estado antigo, não totalmente esquecido; vago talvez, mas não completamente estranho, como uma canção cujo nome há muito foi esquecido e as circunstâncias nas quais a ouviste estão completamente apaga­das. Nem toda a canção ficou em ti, mas apenas um pequeno trecho da melodia, sem ligação com qualquer pessoa ou local ou com qualquer coisa em particular. Mas te lembras, apenas a partir deste pequeno trecho, como era bela a canção, como era maravilhoso o cenário em que a ouviste e como amavas aqueles que ali estavam e escutaram contigo.

As notas nada são. No entanto, tu as mantiveste contigo, não por elas mesmas, mas como uma suave lembrança de algo que te faria chorar se te lembrasses como te foi caro. Poderias lembrar-te, mas tens medo, acreditando que perderias o mundo que aprendeste desde então. E apesar disso, sabes que nada no mundo que aprendeste tem nem sequer a metade do valor daquilo para ti. Ouve e vê se te lembras de uma canção antiga que conheceste há muito tempo e da qual gostaste mais do que de qualquer melodia que tenhas ensinado a ti mesmo a apreciar desde então.

Além do corpo, além do sol e das estrelas, além de todas as coisas que vês e ainda assim de algum modo familiar, está um arco de luz dourada que, à medida que olhas, se alonga em um grande círculo brilhante. E todo o círculo se enche de luz diante dos teus olhos. Os contornos do círculo desaparecem e o que há dentro já não está mais contido em nada. A luz se expande e cobre todas as coisas, estendendo-se até à infinidade, para sempre brilhante e sem nenhuma ruptura ou limite em parte alguma. Dentro dela tudo está unido em perfeita continuidade. E nem é possível imaginar que qualquer coisa pudesse estar fora, pois não há lugar algum onde essa luz não esteja.

Essa é a visão do Filho de Deus, a quem conheces bem. Aqui está o que vê aquele que conhece o seu Pai. Aqui está a memória do que tu és: uma parte disso, com tudo isso dentro de ti e unido a tudo com a mesma certeza com que tudo está unido em ti. Aceita a visão que pode te mostrar isso e não o corpo. Conheces a antiga canção e a conheces bem. Nada jamais te será tão caro como esse antigo hino de amor que o Filho de Deus ainda canta a seu Pai.
E agora os cegos podem ver, pois a mesma canção que cantam em honra ao seu Criador glorifica também a eles. A cegueira que fizeram não será capaz de resistir à memória dessa canção. E contemplarão a visão do Filho de Deus, lembrando-se quem é aquele a respeito do qual estão cantando. O que é um milagre senão essa lembrança? E existe alguém em quem essa memória não esteja?
A luz em um só desperta a luz em todos. E quando a vês em teu irmão, tu estás te lembrando por todos.
(Um Curso em Milagres, trecho do texto "A Canção Esquecida")

sábado, 17 de abril de 2010

O DIA QUE MINHAS TORRES GÊMEAS CAÍRAM


Cheguei a conclusão que a única verdade que temos é a nossa experiência particularmente vivida, tudo o mais, sejam crenças, religiões, preferências políticas partidárias, times de futebol, etc..., são adquiridas de terceiros. Vou contar uma história que aconteceu comigo e tornou-se uma experiência para mim e uma verdade.

No ano de 2001, precisamente no dia 11 de setembro de 2001, eu estava dentro de um ônibus urbano na minha cidade do Rio de Janeiro a caminho de um encontro com uma pessoa que não conhecia pessoalmente, mas que havia falado com ela e marcado aquele encontro no dia anterior por telefone. Era uma senhora, naquela época com cerca de 65 anos. Ela ia me apresentar um ensinamento, digamos espiritual, chamado "Um Curso Em Milagres".

Eu havia ouvido falar desse livro (trata-se de um livro, ditado por Jesus a partir de 1962 para a médica americana Helen Shucman) através de uma amiga que tinha assistido uma palestra em Niterói-RJ e me dado um pequeno livrinho resumo do assunto que me encantou e me interessou muito, pois entre outras coisas, li ali coisas que nunca havia lido antes na minha busca. Interessante, pois me lembro que comecei a ler o pequeno livrinho resumo numa feira de exposições de artesanato e esoterismo num famoso colégio em Niterói chamado Instituto Abel. Ali estava eu, sentado ao lado da minha amiga na sua barraca de exposição na feira.

Mas voltando ao meu encontro com a Maria Thereza no Rio alguns dias depois de ter lido o livrinho. Quando eu estava dentro do ônibus, quase chegando ao meu destino, o bairro de Laranjeiras, percebi que as pessoas que iam entrando no ônibus estavam agitadas, inquietas e comentavam com outras um acontecimento trágico ocorrido horas ou minutos antes, ou seja, o atentado terrorista as Torres Gêmeas em Nova York, o maior acontecimento terrorista que o mundo presenciou até hoje.

Aos poucos a agitação tomou conta não só dentro do ônibus como também lá fora e podia ser percebido pela janela. Me lembro que o primeiro pensamento que me ocorreu na medida em que tomava conhecimento dos detalhes do ocorrido era a eminência da Terceira Guerra Mundial.

Foi nesse clima que desci daquele ônibus e caminhei alguns metros ao encontro daquela que iria me iniciar no Curso (Um Curso Em Milagres). O local do encontro era a portaria de um prédio onde a Maria Thereza iria ministrar uma espécie de aula de apresentação do Curso. Poucos minutos depois avistei uma pequena senhora de pequena estatura, cerca de 1,6om, cabelos brancos e um pouco gordinha, que veio ao meu encontro e se apresentou. Eu estava agitado devido ao acontecido e tudo e todos em minha volta também estavam, as pessoas comentando a tragédia. Havia uma energia de medo e pânico no ar.


Feito as apresentações de praxe, rapidamente comentei com a Maria Thereza o ocorrido, cuja resposta me deixou perplexo e surpreso: Ela disse que "aquilo não tinha acontecido e que era apenas uma ilusão".

Nesse momento eu pensei, meu Deus! Com que tipo de doido ou doida estou me metendo agora?

Bem, não demorou muito tempo, talvez um ano ou até menos para saber que minha amiga Maria Thereza tinha razão. Não só aquele fato é uma ilusão como todo esse mundo que vivemos ou achamos que vivemos é uma ilusão. A medida que fui me aprofundando no estudo do Livro (Curso) fui percebendo, entendo e assimilando a realidade dessa ilusão.

Embora eu já tivesse lido e estudado através do Budismo que o mundo é "maya", ilusão; ainda não tinha aceito e entendido o porquê. Agora sei.

Nunca mais fui o mesmo desde esse dia 11 de setembro de 2001 até hoje. Nunca abandonei os ensinamentos do Livro. Também nunca mais encontrei algo, algum ensinamento sequer parecido. Somente um Mestre como Jesus, como Porta-Voz do Divino Espírito Santo, poderia escrever o que li nesse livro. Sei que não posso passar essa experiência totalmente pessoal para vocês, leitores e leitoras, muito menos explicar com palavras o porquê que esse mundo não existe, é ilusão. Mas assim mesmo, me arrisco a escrever essa história pessoal por GRATIDÃO, por GRATIDÃO e PERDÃO. Nada mais.

(Paulo Cesar de Oliveira - 18.04.2010)

domingo, 11 de abril de 2010

AMOR É SÍNTESE

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.

Mário Quintana