Eu estava lá e chorei com ele
Qualquer sentimental que lá
estivesse
Também choraria ao ver
O impossível amor acontecer e morrer
Lou Salomé era uma bela mulher
Mas se apaixonou apenas pelo
intelecto do filósofo
Nietzsche, o durão, chorou
como um pobre mortal apaixonado
Foi a última vez que Nietzsche
e eu choramos pelo amor de uma mulher
Minhas lágrimas secaram,
viraram poesias
As de Nietzsche, se tornaram
filosofias,
vãs filosofias, vãs poesias
Hoje choro de alegrias e
ironias
Quando encontro você e Salomé nas ruas
Gordas, cheia de filhos e
algumas estrias
Vou para casa e faço mais uma
poesia
(©
19.09.2012 – Paulo Cesar de Oliveira)