quarta-feira, 19 de setembro de 2012

QUANDO NIETZSCHE CHOROU EU ESTAVA LÁ



 Quando Nietzsche chorou
Eu estava lá e chorei com ele
Qualquer sentimental que lá estivesse
Também choraria ao ver
O impossível amor acontecer e morrer
Lou Salomé era uma bela mulher
Mas se apaixonou apenas pelo intelecto do filósofo

Nietzsche, o durão, chorou como um pobre mortal apaixonado
Foi a última vez que Nietzsche e eu choramos pelo  amor de uma mulher
Minhas lágrimas secaram, viraram poesias
As de Nietzsche, se tornaram filosofias,
vãs filosofias, vãs poesias

Hoje choro de alegrias e ironias
Quando encontro você e Salomé nas ruas
Gordas, cheia de filhos e algumas estrias
Vou para casa e faço mais uma poesia

(© 19.09.2012 – Paulo Cesar de Oliveira)